"Senti uma oscilação durante alguns segundos. Outros colegas de trabalho relataram o mesmo. Algumas pessoas ficaram afobadas, mas outras mantiveram-se calmas", contou a secretária Wanessa Barros, que estava no nono andar do empresarial Ernesto de Paula Santos, em Boa Viagem, onde trabalha.
O projetista Roberto Lira, que trabalha no décimo andar do mesmo prédio, contou que continuou trabalhando, mesmo depois do ocorrido. "Foi rápido, mas deu para perceber. Senti o balanço e vi o monitor se mexendo. Por alguns minutos, pensei que era uma interferência do prédio ao lado, que está com problemas na fundação. Só depois soubemos que não tinha nada a ver", disse.
No outro lado do Recife, o abalo também foi percebido. No Arruda, o analista de sistemas Leonardo Vieira até pensou em descer do prédio onde mora, na rua José de Barros Bezerra, mas manteve-se em casa com a família até obter mais informações. "Estamos um pouco acostumados com tremores, porque o nosso apartamento fica bem próximo do estádio do Santa Cruz. Em dia de jogo, quando a torcida pula, sentimos abalos do prédio. Até estranhei e fui verificar se havia movimentação no estádio, mas não vi nada. Como não causou nenhuma rachadura, continuamosem casa", relatou.
No Bairro do Recife e na avenida Conde da Boa Vista, alguns edifícios chegaram a ser evacuados. No Tribunal Regional do Trabalho, no Cais do Apolo, um "leve balanço" foi sentido no quinto e sexto andares do edifício. De acordo com o vice-presidente do TRT, André Genn, por medida de segurança, os funcionários foram aconselhados a deixar o prédio. O expediente chegou a ser paralisado por 30 minutos, mas o trabalho já foi normalizado.
Nos edifícios comerciais Palmira 1 e 2, na Av. Conde da Boa Vista, Centro, várias pessoas sentiram o "balanço". "Não teve desepero. Todos desceram do prédio para ver o que estava acontecendo. Alguns retornaram ao trabalho", afirmou Rosário Romeira Matos Barbosa, administradora do conjunto. O Procon, que funciona no Palmira 1, suspendeu as atividades.
Fonte: JC on Line