
Mas o Santa Cruz, que necessita ter uma boa colocação para se classificar à Série D do Nacional, promete não esmorecer. Enquanto isso, o Náutico, ausente no lugar mais alto do pódio há cinco anos, não vê a hora de acabar com o jejum de títulos. Já o Sport, outro favorito ao título, pretende sagrar-se pentacampeão. E aí, torcedor, quem levará a melhor nesta batalha? Apostem as suas fichas que a bola já vai rolar.
A estreia está marcada para a próxima quarta-feira, transformando o Campeonato Pernambucano num dos primeiros estaduais a começar nesta temporada. O calendário apertado, sem tempo para uma preparação física ideal, é fruto do que foi plantado em 2008, que teve uma fórmula esdrúxula com 12 equipes em vez das tradicionais dez. A final do certame será no dia 4 de maio.
A competição será disputada em três fases. Na primeira, todos os times se enfrentarão em jogos de ida e volta, no sistema de pontos corridos. Os quatro melhores se classificam às semifinais, enquanto os dois piores serão rebaixados à Série A2. Nas semis, o chaveamento será no estilo olímpico. O primeiro enfrenta o quarto colocado, enquanto segundo e terceiro fazem a outra partida. Quem realizou melhor campanha na fase anterior tem a vantagem de decidir em seus domínios. O mesmo vale para a finalíssima.
Os critérios de desempates, em ordem, são: maior saldo de gols, maior número de gols marcados, maior número de gols marcados na casa do adversário (exemplo: vitória de 1x0, em casa, e derrota por 2x1, fora. Assim, a equipe que venceu o primeiro jogo segue adiante) e, por fim, pênaltis.
Neste ano, além da luta pelo título, as equipes intermediárias também brigarão pelo posto de campeão do Interior. Se o Trio de Ferro da Capital se classificar às semifinais, os confrontos serão o seguinte: quinto lugar contra oitavo e sexto versus sétimo. Os ganhadores destas partidas farão a final. Os critérios de desempates são os mesmos do título do Estadual.
Segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Oliveira, o campeonato tem tudo para ser um sucesso. “O modelo (da competição) é bom, os clubes do Interior estão motivados. Agora, eles terão plenas chances de lutar pelo título. E a briga para não cair também será grande”, aposta. Por outro lado, o mandatário está temeroso com um ponto bastante pertinente. “Estou vendo uma grande mobilização nas contratações, mas, até agora, nenhum nome de peso foi contratado. Falta um jogador de impacto para trazer mídia, como tivemos em outros anos”, criticou.
Inclusive, na opinião do presidente da FPF, o fato de o Estado estar vivendo um “ano complicado”, com Sport e Náutico rebaixados à Série B do Brasileirão, e Santa Cruz sem estar sequer garantido na Quarta Divisão, não desvalorizará o nível das partidas. Por outro lado, ele acredita que a disputa será bastante acirrada. “Eles (leoninos e timbus) na Segunda Divisão levam mais público aos estádios e têm mais condições de ganhar os jogos.
Na Primeira Divisão, isso não acontece. Pelo contrário, penam para se manterem na elite”, disse, para emendar: “Já o Pernambucano é outra competição. Todos entram com chances de título. A qualidade técnica pode diminuir, com poucas contratações, mas o entusiasmo será o mesmo”.
Por Felipe Amorim