PARIS (EFE) - Quatro meses após sua detenção, de volta a seu país e livre de acusações por suposta agressão sexual, o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, confessou ontem ter cometido um “falha moral” e sugeriu que pode ter sido vítima de um complô ou armadilha. Entrevistado por um canal da televisão francesa em hora de grande audiência, um Strauss-Kahn sério e com traje escuro enfrentou pela primeira vez a opinião pública de seu país para explicar o que aconteceu no dia 14 de maio na suíte de um hotel de Nova York, quando uma camareira o acusou de agressão sexual.
O caso lhe custou o cargo de diretor-gerente do FMI e acabou com suas aspirações de se transformar no próximo presidente da França. “O que aconteceu não foi nem violência, nem coação, nem agressão”, disse. Quando perguntado se poderia ter sido objeto de uma armadilha no hotel nova-iorquino, Strauss-Kahn admitiu: “é possível”.
O político reconheceu que a “falha moral” que admite ter cometido lhe defronta com sua família e com os franceses. Strauss-Kahn ainda classificou a relação que manteve com a camareira como “inadequada”.