Por Ed Wanderley
A polícia apresentou, nesta segunda-feira (1º), mais um estelionatário que atuava na fraude de cartões de crédito na Região Metropolitana do Recife. Antônio Barros de Oliveira, de 40 anos, natural da cidade de Betânia, no Sertão do Moxotó, foi preso enquanto realizava a compra de 14 garrafas de whisky em um grande supermercado da avenida Rosa e Silva, no bairro dos Aflitos, no Recife. O flagrante ocorreu na última quinta-feira (28), quando o criminoso acabou flagrado pelo comissário de polícia da Delegacia de Repressão ao Estelionato, que estava no estabelecimento e era o mesmo que havia participado da prisão de Antônio Barros, pelo mesmo crime, no início deste ano.
De acordo com o delegado Rômulo Aires, quando o assunto é cartão de débito, utilizar o modelo sem o já tradicional chip eletrônico pode ser sinônimo de dores de cabeça por conta de fraudes. Isso porque a prática de clonagem não chega a ser algo complicado e todas as informações possíveis, incluindo a senha de acesso à conta, estão contidas na tarja magnética dos modelos antigos de cartão. "Nesse caso específico, ele encomendava, pela internet, o cartão clonado por um comparsa de Sergipe, que estamos tentando identificar. Mas acreditamos que ele mesmo passava as informações da vítima, adquiridas de algum estabelecimento comercial. O cartão já chegava na casa dele, pelos Correios, com seu nome impresso", explica.
Na hora da prisão, Antônio Barros portava dois cartões clonados, em nome de diferentes vítimas, mas apenas um deles chegou a ser utilizado. A compra, no valor de R$ 900, serviria de teste para o uso irrestrito do cartão corporativo, que pertence a uma construtora e estava em nome de um engenheiro recifense, com um limite de R$ 29 mil. A polícia ainda não tem informação sobre os motivos pelos quais o estelionatário já estava em liberdade, mas o inquérito que o incrimina, mais uma vez, pelo crime de estelionato, resulta em uma pena que varia de 1 a 5 anos de reclusão.
Segundo Aires, para se proteger, o consumidor deve estar atento e sempre verificar a conta bancária. Os criminosos deste tipo costumam realizar compras na modalidade débito, cujo acompanhamento é apresentado apenas por meio de extratos, não em faturas mensais, como acontece no crédito. "O ideal é mesmo fazer a migração para cartões de chips, que são muito mais seguros. Os deste tipo não são facilmente acessados e oferecem mais segurança ao usuário", conclui.