
Em depoimento, Juciara, conhecida por Ju, informou que foi aliciada por uma mulher, que não foi identificada, durante uma visita ao Presídio Professor Aníbal Bruno, em abril. Essa pessoa ofereceu emprego para armazenar drogas em sua residência. Ju concordou e, dias depois, recebeu ligação de Negão, passando as orientações para receber o material. O entorpecente chegou no final do mês passado, trazido por uma caminhonete com placa de Caruaru. O tabletes estavam escondidos por trás do forro das portas do veículo, o que chamou a atenção dos vizinhos.
Em recompensa pelo armazenamento, Juciara ganhou R$ 500 e receberia R$ 100 a cada três quilos repassados da maconha. A primeira parte foi quitada via depósito bancário e o restante viria na mesma modalidade. Para a delegada Maria Helena Fázio, que comandou a prisão, o esquema envolve uma importante quadrilha de tráfico de drogas. “O modo que eles operam e até mesmo a forma de pagamento nos surpreendeu”, destacou.
“Vizinhos dela ligaram informando que no bairro havia uma casa que estaria servindo como ponto para o tráfico e que uma mulher chamada de Juciara seria a responsável. Fizemos incursões, mas não chegamos ao endereço. Na tarde de ontem (anteontem), ligaram novamente e passaram a informação correta”, disse Maria Helena Fázio. Moradores relataram à polícia que a acusada, em certas saídas para entregar a maconha, levava o produto numa bolsa e carregava o filho de dez anos, na tentativa de não levantar suspeitas. Para a polícia, Juciara contou que já foi ameaçada de morte pelo ex-marido, motivo que a fez morar na Paraíba. “Tudo levar a crer que essa atitude decorre do envolvimento com o tráfico”, acrescentou a delegada.
Maria Helena Fázio acredita que o pagamento pela droga é feito diretamente ao traficante e Juciara era a responsável por entregar e repassar a encomenda. Ainda na casa da acusada, foi localizada uma pequena balança de precisão. A prisão contou com duas equipes do Denarc que foram a campo verificar as denúncias e, apenas na segunda visita, culminou na prisão da suspeita.
Postado por Gabriel Diniz