
“A gente sentia Deus quando ela estava por perto”, disse o voluntário da Pastoral Antonio Machado, 71, morador de Lapa, na região metropolitana de Curitiba. Até as 18h (horário de Brasília), cerca de duas mil pessoas haviam comparecido ao velório, segundo a Polícia Militar. Como peregrinos, muitos vinham de outros estados e até de países vizinhos para prestar a última homenagem. A expectativa é que cerca de cem ônibus de líderes e voluntários da instituição cheguem hoje, quando Zilda será sepultada.
O velório começou por volta das 11h20, quando o corpo chegou ao Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná. Durante todo o velório, o caixão permaneceu fechado, coberto com as bandeiras do Brasil e da Pastoral. Havia ainda uma foto da médica. Uma missa foi celebrada ainda pela manhã em Curitiba.
Vinda da Argentina de ônibus, especialmente para o velório, a estudante de medicina Samara Melo, 20, viajou por dois dias seguidos. “Já que não tive oportunidade em vida de conhecê-la, pelo menos a conheço agora”, disse. Ela afirmou que Zilda Arns é um exemplo de vida.
Familiares de Zilda Arns, entre filhos, sobrinhos e netos, se revezavam para cumprimentar pessoalmente cada um dos que passavam pelo velório. Seu irmão, dom Paulo Evaristo Arns, não compareceu. Segundo a Pastoral, por motivos de saúde. “A melhor coisa que temos a fazer é continuar o trabalho dela”, disse o sobrinho de Zilda, o também médico Clóvis Arns da Cunha.
Fonte: FolhaPress