Ovo de chocolate pode ser um “vilão”

 
Por Mariana Clarissa

Quem não se rende a um bombom de chocolate? Já próximo à Páscoa, festa cristã que comemora a ressurreição de Jesus, vários tipos de ovos de chocolate ficam expostos nos corredores dos supermercados e afins, atraindo consumidores apaixonados pelo doce. Neste período cristão, os ovos simbolizam o nascimento, o surgimento e a origem do mundo e são ótimas sugestões de presentes, principalmente para as crianças que enchem os olhos quando ganham o mimo do personagem do desenho animado favorito.

Porém, essas guloseimas têm algumas restrições alimentares para pessoas alérgicas a leite, portadores de doenças celíacas e para os diabéticos.

Para não piorar o estado clínico essas pessoas devem ter um cuidado redobrado na hora de consumir o doce, pois ingerir chocolates que não são apropriados para o perfil da doença pode causar sérias consequências. “Elas devem ficar alertas na hora de escolher o tipo de chocolate. Um diabético, por exemplo, se também for portador de doenças do coração o consumo errado de um tipo de chocolate poderá agravar a doença. Além do que, essas pessoas devem tomar cuidado com o excesso. O controle nessas épocas é essencial”, explica a nutricionista Larissa Albuquerque.

As orientações são bem claras. “Os celíacos só devem consumir chocolates de soja por não possuir glúten, substância que causa rejeição no organismo do portador. Para os alérgicos à lactose, a orientação é só consumir o doce do tipo amargo e de soja”, indica Larissa.

Os diabéticos possuem um pouco mais de opções. Chocolates de alfarroba, amargo, soja, na versão sem açúcar, e o diet são os tipos mais apropriados. “Como dá para perceber, o chocolate de soja é o mais indicado para to­dos. Feito com extrato de soja, ele é 100% natural e é fácil de encontrar em vários lugares”, pontua a nutricionista.

Diabética há quatro anos, Ione Guerra, de 76 anos, adora chocolate e doces em geral. Ela conta que mesmo com a doença, não se privava de comer um bombom de cacau. “Sempre gostei muito de doce e principalmente de chocolate. Toda Páscoa comprava os ovos e dos tradicionais mesmo, não gosto de nada diet ou de soja. Prefiro mesmo os ao leite”, conta a aposentada.

Mesmo não se restringindo, dona Ione promete se policiar nesta Páscoa. “Estou preocupada com os meus exames e por isso não vou comprar ovo este ano. Preciso me cuidar”, disse. Seu Nilton, esposo de dona Ione, também é diabético e disse a esposa que não vai negar o chocolate neste feriado. “Meu marido também gosta muito de chocolate. A gente compra uma barra ou até uns bombons e esconde para ele não comer, mas é impossível porque ele encontra e come”, comenta dona Ione.

Tânia Maria dos Santos é diabética há 22 anos dos 66 que ela tem, e, igual a dona Ione, também adora chocolate. Po­rém, a aposentada se limita e só come o doce se for diet. “Preciso manter o controle da doença e por isso me regro na alimentação e na Páscoa não faço diferente”, disse.

Dona Tânia conta que o gosto do diet é o mesmo dos tradicionais, diferente do de soja que, segundo ela, tem um gosto amargo parecido com remédio. “Uma vez comprei o de soja, mas não gostei muito e por isso nem tentei experimentar o de alfarroba. O meu preferido mesmo são os diets e para você ter uma noção que o gosto é o mesmo que os ao leite, meu neto um dia comeu meu chocolate sem saber que era diet e nem reclamou”, relatou. Restrições à parte, a pedida deste feriado mesmo é o bom e velho chocolate, seja ele diet, de soja, trufado ou os tradicionais.

Da Folha PE / Foto: Nathalia Borhmann

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