Destino do goleiro Bruno começa a ser definido hoje


A Justiça de Minas Gerais inicia hoje o julgamento do goleiro Bruno Fernandes de Souza, pela morte de Eliza Samudio, com a investigação do crime ainda incompleta. Também será julgada sua ex-mulher, Dayanne Souza. A polícia mineira admitiu na semana passada que há uma apuração em curso para averiguar a participação de ao menos outras duas pessoas no assassinato de Eliza, em 2010.

A suspeita é que o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar Eliza e esconder o corpo, não tenha agido sozinho. Assim, o resultado da investigação pode trazer novas informações sobre executores do crime e até mandante. Bola, que está preso, nega o homicídio. Segundo os advogados, caso Bruno seja absolvido no julgamento e, depois, a investigação trouxer mais elementos de sua participação, o Ministério Público poderá recorrer, mas desde que não tenha se esgotado as possibilidade de recurso. Aí, nada poderá mudar a decisão dos jurados.

“Para mim é muito cômodo: se eu ganhar, ganhei, senão, anulo”, disse o advogado do goleiro Bruno, Lúcio Adolfo da Silva. Ele comentou ainda que as ilegalidades começam pelo “desaparecimento” de parte dos autos. Por meio de sua assessoria, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou a irregularidade e afirmou que houve um erro na numeração das páginas, que já consta nos autos. No entanto, todos os defensores ouvidos pelo “Grupo Estado” afirmam que há irregularidades no processo e que, caso as sentenças não sejam favoráveis aos réus, vão pedir a anulação dos julgamentos.

Para o assistente da acusação, advogado José Arteiro Cavalcante, não há irregularidades no processo e o problema para a defesa é apenas “as provas técnicas que mostram que Bruno mandou matar”. O promotor Francisco de Assis Santiago acredita na possibilidade de os advogados tentarem tumultuar as sessões, mas não “acredita em nulidade”.

Luiz Henrique Ferreira Ro­mão, o Macarrão, e outra ex-amante de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, já foram condenados em novembro passado. Ainda serão julgados o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em 22 de abril, e Elenílson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, em 15 de maio.

Da Folhapress e AE

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