Advogado de Mução diz que a justiça foi feita

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"Rodrigo está aliviado. Foi feita a justiça", disse Waldir Xavier, advogado de Rodrigo Vieira Emerenciano, o Mução. Na manhã deste sábado, já longe da sede da Polícia Federal, o radialista deve optar por não mostrar a cara em entrevista coletiva à imprensa. Os esclarecimentos sobre as acusações de pedofilia na internet devem ser informados via e-mail. Segundo Xavier, como o personagem Mução é radiofônico e não tem visual conhecido, é possível que Rodrigo queria preservar sua identidade.

O comunicador foi detido no Ceará, há dois dias, suspeito de envolvimento em divulgação de material pornográfico infantil na web. As imagens de sexo explícito envolviam crianças, adolescentes e até bebês. Com a ação encabeçada pela Polícia Federal de Pernambuco, Mução foi trazido, na sexta-feira, à sede do órgão no Recife, onde permaneceu por algumas horas. No final do dia, delegados da PF informaram que o irmão do radialista, engenheiro da computação de nome não divulgado, confessou ter utilizado login e senha dele para divulgar as imagens. "Para Rodrigo foi um choque. Não sabemos qual o conteúdo que ele acessava, mas quero crer que o fato já esta mais do que esclarecido. Com certeza, Rodrigo será excluído de qualquer eventual processo", afirmou ao NE10, neste sábado.

Xavier diz que não há qualquer impedimento legal para que seu cliente deixe o Recife. "Para qualquer diligência e esclarecimento, Rodrigo está à disposição da justiça pernambucana, que foi brilhante na revogação da prisão temporária ontem. Desde o início, ele estava tranquilo porque sabia que não tinha ligação com isso. A soltura consolidou a justica para quem não tinha nenhuma culpa e teve seu direito de vir cerceado."

O delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Nilson Antunes, disse que, intimado no Ceará, o irmão de Rodrigo confessou ser o autor dos crimes. Ele não chegou a ser detido já que se apresentou espontaneamente e não houve configuração de flagrante. A delegada Kilma Caminha [ouça entrevista abaixo] informou que o rapaz pode pegar de quatro a dez anos de reclusão por disponibilizar imagens de crianças e adolescentes na internet, segundo o artigo 241 B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

MANDADOS - Batizada de Dirty Net, a operação da Polícia Federal está em busca de 160 pessoas - 97 estrangeiros e 63 brasileiros de 11 estados mais o Distrito Federal. Cinquenta mandados de busca e apreensaõ e 15 de prisão já foram cumpridos.

Do NE10
Foto: Bernardo Soares

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