O estacionamento irregular fica ao lado da antiga casa de força dos ônibus elétricos. A construção é usada por moradores de rua, enquanto seu entorno recebe 17 carros por dia (em média), que têm que passar por cima da calçada para chegar às vagas. De acordo com o guardador de carros Ednaldo Dorgival de Melo, 40 anos, a área é dividida entre três flanelinhas. Ele toma conta de oito vagas, sendo duas fileiras de quatro.
Para deixar o carro no local o dia inteiro, o motorista paga R$ 5. "Eles chegam pela manhã e só saem ao final da tarde", explicou o flanelinha. Segundo Dorgival, os clientes são praticamente os mesmos todos os dias. "Se eles fossem pagar Zona Azul, sairia por R$ 10", justificou. A renda do guardador, que também atua como manobrista, é de R$ 200 por semana, no mínimo.
O comércio das vagas, estabelecido na área central da cidade - do qual ninguém reclamou ainda - poderá continuar, paraalegria dos guardadores de carro, que se apropriaram do espaço. Com a experiência de quem já está no ramo há 22 anos, o guardador Ednaldo está tranquilo: "Aqui a CTTU não se mete. Não tem nada a ver com eles". A assessoria do órgão de trânsito informou que a área, que não é rua nem calçada, não está sujeita a fiscalização.
Do DP
Foto: Paulo Paiva