Sumiço de bagagem rende até R$ 13 mil de indenização

Quando foi reclamar do sumiço da sua bagagem, a médica Marjorie Colombini, 55 anos, ouviu da TAM que poderia escolher, como compensação, um bilhete ida e volta para qualquer lugar da América do Sul. Ela disse não. Veio nova oferta, por ela ser "pessoa ímpar", disse a companhia: R$ 390.

"Isso não pagava nem o valor da mala", diz. Pois Marjorie, que passou o Réveillon em Natal (RN) sem a bagagem, bateu o pé e foi à Justiça. Resultado: a TAM foi condenada a lhe indenizar em R$ 6.000. O dinheiro saiu em outubro, sete meses após ela entrar com o processo.

A teimosia vale a pena, aponta levantamento da reportagem. Entrar na Justiça contra as empresas aéreas por falhas na prestação do serviço garante indenização em 60% dos casos. O dinheiro sai rápido --em até quatro meses, na média, com valor de R$ 3.573. O mais alto foi de R$ 13 mil.

A pesquisa foi feita nos processos contra TAM, Gol e Webjet que entraram em 2011 no Juizado Especial Cível Vergueiro, na Liberdade (região central), o principal de São Paulo.

De 102 ações com decisão da Justiça desde janeiro, 64 foram favoráveis aos passageiros --e a maioria deles, 61%, já recebeu o dinheiro.

Nos juizados, causas de até R$ 10,9 mil dispensam advogado. Há apenas uma instância de recurso, o que acelera o andamento. As empresas aéreas chegam a não recorrer porque, em alguns casos, o custo é superior ao da indenização.

Do Agora SP

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