Idoso atira em vizinhas e depois se mata

Por Diego Mendes
 
Uma briga de vizinhos ocorrida na manhã de ontem, no município de Camaragibe, terminou com duas mortes e uma pessoa gravemente ferida. A confusão teria acontecido por causa de um pequeno terreno, que pertencia, segundo a polícia, à dona de casa Maria Leopoldina Soares, 42, e que teria sido ocupado pelo idoso Jorge José da Silva, 67. Ontem, a mulher, que está internada no Hospital Otávio de Freitas, foi solicitar a saída do suposto invasor e ele revidou com tiros. Na tentativa de proteger a mãe, a jovem Karla Poliana Soares, 22, se envolveu no conflito, foi atingida e faleceu no Hospital Getúlio Vargas. Com a chegada dos PMs, o acusado foi cercado e acabou atirando contra a própria cabeça.

De acordo com o soldado do 20° BPM Almir Aprígio de Farias, as duas mulheres passavam perto da policlínica do bairro dos Estados, em Camaragibe, quando encontraram com o agressor. No meio da rua Pernambuco, houve uma troca de ofensas e Jorge sacou o revólver, na frente de várias pessoas. Sem medo e nem pena, ele atirou contra mãe e filha, que foram socorridas por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No local dos disparos, os PMs encontraram vários estojos de revólver calibre 38. “Isso demonstra que ele deve ter recarregado a arma. Em uma delas, achamos um objeto branco na ponta da munição. Não posso afirmar, mas pode ser veneno”, disse Farias.

Depois dos poucos e destruidores minutos de fúria, Jorge Silva se escondeu em terrenos próximos ao local do crime. A Polícia Militar interditou parte da rua Pernambuco e foi a casa do acusado, na rua 24 de Outubro, mas ele não estava lá. Quando os PMs já estavam saindo da área, descobriram que o aposentado tentava escapar pelo bairro Carmelitas. “Pegamos a viatura e o encontramos descendo a ladeira. Quando nos viu, ele não esboçou nenhuma reação. Pedimos para que ele se entregasse, mas, para nossa surpresa, o senhor sacou o 38 e atirou contra a própria cabeça”, explicou o soldado Almir Farias, que estava no cerco policial na hora do suicídio.

Ao sargento do 20° BPM Adjair Santos, conhecidos de Jorge disseram que ele tinha um comportamento agressivo. “Nos relataram que, em outra oportunidade, ele sacou a arma para um menina porque ela não queria servir bebida em um bar”, explicou o PM. Os filhos do aposentados preferiram não conversar com a Imprensa, assim como os parentes das mulheres. Até o fechamento desta edição, Maria Leopoldina Soares estava no Hospital Otávio de Freitas (HOF), onde passou por cirurgia

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