Oposição constrange Orlando Silva

BRASÍLIA (Folhapress) - A oposição estragou as pretensões do ministro do Esporte, Orlando Silva, de seguir uma “agenda positiva” e falar apenas da Lei Geral da Copa em audiência pública na tarde de ontem na Câmara dos Deputados. O ministro enfrentou uma série de constrangimentos logo que chegou ao plenário 7 da Câmara. Antes mesmo do início da fala do ministro, os líderes da oposição pediram para falar e atacaram Orlando Silva, solicitando a sua saída do Ministério do Esporte.

“A vinda de vossa excelência ao Congresso hoje (ontem) é uma afronta ao povo brasileiro. A população quer o senhor anos luz distante da Copa do Mundo”, disse o líder do DEM, ACM Neto (BA). O democrata afirmou que Orlando “não tem mais condições” de seguir à frente do ministério. Duarte Nogueira (PSDP-SP) disse que o ministro deveria deixar o ministério enquanto é investigado.

O tucano citou reportagem da Folha de S.Paulo de ontem que mostra que o ministro assinou uma medida que diminuiu as contrapartidas para que o policial militar João Dias Ferreira assinasse um segundo convênio com o ministério. A ajuda aconteceu após um primeiro convênio com outra ONG de Ferreira ter apresentado problemas. “Com sua própria assinatura, o ministro reduziu as contrapartidas para a assinautura de um segundo convênio com a ONG de João Dias”, disse o líder do PSDB. Duarte Nogueira também afirmou que o “modus operandi” do programa Segundo Tempo é exigir 10% de propina em cada contrato.

O líder do PPS, Rubens Bueno (MG), acusou a base governista de blindar o ministro. Bueno se retirou depois da audiência. “Vou me retirar dessa palhaçada”. Logo após a fala dos líderes da oposição, o ministro ignorou os questionamentos e deu início à apresentação sobre a Lei Geral da Copa.

SAÍDA
O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra analisou que não existe saída para o PCdoB, a não ser deixar o Ministério do Esporte. Para Guerra, a sigla comunista está completamente comprometida com os escandânlos de favorecimento de ONGs ligadas ao partido. “O problema é que o partido está afundado até o pescoço com essa esculhambação que se tornou o ministério. Existem documentos e gravações como a assinatura de assessores que são diretamente ligados ao ministro. Eles assinaram um contrato para aumentar a verba de ONGs ligadas ao PCdoB. Está de um jeito que não dá para a presidente ficar esperando provas contra o ministro. Se tira o Orlando e continua com o PCdoB, vai continuar isso”, disse ontem.

Postar um comentário

Comente esta matéria

Postagem Anterior Próxima Postagem