Seguradora garante cirurgia

A Seguradora de Saúde Unimed Guararapes informou que iniciou há alguns dias o processo orçamentário para a liberação da cirurgia solicitada pela família de Ruberval Barbosa de Lima. No sábado, foi noticiado pela imprensa o caso do aposentado, de 49 anos, que caiu do primeiro andar da casa onde morava, a uma altura de três metros, no dia 28 de novembro de 2009. Na época, ele sofreu fraturas nos tornozelos e na coluna, e, atualmente está internado no Hospital Jayme da Fonte, nas Graças, aguardando a liberação do plano de saúde para realizar o procedimento cirúrgico.

Segundo a assessoria de Imprensa da Unimed, a seguradora entende que o acidente do cliente foi, na verdade, uma tentativa de suicídio, fato que seria isento de cobertura por parte dos planos de saúde. No entanto, explicou o assessor da diretoria executiva, Ricardo Aguiar, mesmo com esse entendimento, o orçamento está em fase de conclusão para que o procedimento seja autorizado e o cliente possa passar pela cirurgia com qualquer médico da rede credenciada Unimed Guararapes. Ricardo explicou ainda que o caso ocorreu antes da atual gestão assumir a Unimed.

Como o primeiro atendimento, logo após o acidente, foi realizado no Hospital Otávio de Freitas (HOF), para onde Ruberval foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a Unimed Guararapes solicitou o acesso ao prontuário inicial feito pela unidade de saúde, que relataria o que de fato teria acontecido ao paciente. No entanto, segundo a seguradora, o documento não foi encontrado e a empresa solicitou, em juízo, uma perí­cia médica para identificar qual o tipo de cirurgia seria ne­cessária para realizar a autorização.

“A família insiste que a operação deve ser realizada pelo médico Gláucio Veras (amigo dos parentes, e que ajudou Ruberval e seus familiares nos procedimentos). No entanto, ele foi desligado da Unimed Guararapes por não obedecer aos estatutos da cooperativa”, informou Ricardo.

FAMILIARES

De acordo com o irmão de Ruberval Barbosa, Rudival Barbosa, segundo a Lei 9656, o profissional de saúde deve ser de escolha do paciente, independente do médico ser conveniado ao plano de saúde, uma vez que a relação entre médico e paciente é de confiança. “Além disso, a Justiça já determinou que o médico que executará a cirurgia será Gláucio. Não faz sentido o plano negar essa decisão, já que o profissional receberá de acordo com a tabela do plano de saúde, ou seja, a Unimed não teria ônus nenhum a mais por isso”. Agora, a família teme que o procedimento já não seja tão eficaz como deveria ter sido há um ano e dez meses, já que após uma visita para avaliação na última quarta-feira, o neurocirurgião Gláucio Veras percebeu a atrofia dos membros inferiores do paciente.