Eduardo volta a bater na gestão Jarbas

Na berlinda desde que entrou de cabeça na campanha e eleição da mãe, a deputada federal Ana Arraes (PSB), para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), o governador Eduardo Campos (PSB) voltou a bater na "velha política" do Estado, apresentando-se como o político "do fazer". Foi em cerimônia de entrega de um habitacional em Jaboatão dos Guararapes, ontem. Ultimamente visto como "queridinho" da imprensa do eixo Brasília-São Paulo-Rio, o socialista reage à recente agenda negativa retomando o discurso do início de seu primeiro mandato (2007-2010).

Ao discursar para moradores do Conjunto Olho D'Água, Eduardo Campos listou uma série de áreas em que sua gestão teria suplantado a anterior, embora sem citar o nome do ex-governador e atual senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). "Passou por aqui gente que teve presidente da República (referindo-se a Fernando Henrique Cardoso, PSDB), teve poder e não botou uma pedra de calçamento em Jaboatão."

Em seguida, criticou o fechamento da Maternidade de Prazeres, aberta por seu avô, o ex-governador Miguel Arraes. "Vi essa maternidade ficar fechada quatro anos, nas barbas de todo mundo. Reabri e vi a primeira criança nascer ali", destacou.

O governador também frisou seus resultados na política de combate à violência. Ele deve aproveitar para reforçar o "discurso positivo" da segurança hoje, quando lança site que divulga os 100 criminosos mais procurados pelo Estado.

A volta à comparação com a oposição e o reforço na agenda positiva dão mostras de que Eduardo não engoliu as críticas a sua atuação na campanha de Ana Arraes ao TCU, nem as denúncias de que gastou R$ 210 mil em contrato com uma locadora de veículos em Brasília (R & E), de propriedade de uma filiada ao PSB e filha de funcionário da deputada.

Vidraça após longo tempo sendo saudado nacionalmente como gestor moderno, Eduardo não ficará na defesa, comenta-se nos bastidores. Para socialistas, o governador está preparado para enfrentar a artilharia contra seus movimentos no cenário nacional.

Do JC

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