Circo da China: Sky Mirage II honra a fama dos chineses de melhores do mundo na arte circense

Sky Mirage II - Circo da China

Por Mariana Dantas

O número de presentes no primeiro dia de apresentação do Circo da China no Recife não fez jus à grandiosidade do espetáculo. Apenas as cadeiras da área vip foram preenchidas por completo. Os outros setores e os camarotes do Chevrolet Hall estavam praticamente vazios. Mas quem foi ao show não se arrependeu. A superprodução Sky Mirage II, inédita no Brasil, honra a fama dos chineses de melhores do mundo na arte circense. A suavidade e perfeição dos movimentos executados com excelência pelos artistas davam a falsa impressão de que tudo era muito fácil, que não era necessário ter força, elasticidade e alto poder de concentração, sem contar os vários anos de treino. A dificuldade dos números e a complexidade das acrobacias fazem os chineses chegaram perto, se não raspando, do impossível.


O espetáculo Sky Mirage II, que comemora os 60 anos do grupo, conta a história de amor da Phoenix comprometida com sua busca pela luminosidade do sol, a fim de que esse encontro se torne único e harmonioso. Para narrar essa odisséia, o Circo da China mistura arte contemporânea, música, dança e muita tecnologia. Efeitos 3D levam ao palco os elementos da natureza, como fogo, a água e o ar, além de voos rasantes da Phoenix, que embelezam o cenário.

No entanto, os efeitos visuais não tiram o brilho dos artistas. E para executar os seus números, eles não precisam de nenhuma tecnologia. Ao contrário, utilizam elementos clássicos do circo oriental, como cordas, varas, argolas e pratos. Cinquenta artistas, entre adultos e crianças com idade mínima de 12 anos, apresentam 15 números tradicionais da arte circense, como contorcionismo, mergulho na argola, equilíbrio de pratos e malabarismo com chapéus. Os saltos acrobáticos e a formação de pirâmides humanas também fizeram parte do espetáculo, arrancando aplausos intensos do público.

80f5db3e33f2466e91369af79afc6a12.jpg

E assim como a Phoenix que ressurge das cinzas, os chineses não desistem nunca de executar movimentos perfeitos. Durante o número de mergulho nas argolas, ao realizarem um movimento com alto grau de dificuldade, alguns artistas derrubaram os arcos. Eles não tiveram dúvida. Com sorriso no rosto, repetiram o movimento por duas vezes até conseguirem executá-lo.

Ao final do espetáculo, uma surpresa carinhosa para o público. Os 50 circenses surgiram no palco com as bandeiras do Brasil e da China. Todos aplaudiram de pé. “Além de belo, é emocionante. Fiquei encantada com a habilidade dos artistas”, disse a engenheira Urbânia Carvalho, de 45 anos, que conferiu a apresentação junto com o marido e os seus dois filhos.

O motorista André Domingos, de 34 anos, também levou a família para assistir ao espetáculo. “Valeu à pena ter vindo. Nunca vou esquecer este dia”, disse.

O Circo da China realiza mais duas apresentações no Recife, uma neste sábado (17) e a outra amanhã.

Fotos: Mariana Dantas e Gabriel Diniz

Postar um comentário

Comente esta matéria

Postagem Anterior Próxima Postagem