Jarbas com chapa definida


(Por Renata Bezerra de Melo) - O senador e, agora, candidato oficialmente ao Governo de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB) chegou à convenção conjunta dos partidos aliancistas (PMDB/PPS/ DEM/PSDB/PMN), ontem, no Clube Atlético de Amadores, se dizendo “muito animado” e saiu declarando-se “mais confiante”. O evento, “terceiro ato de sua pré-campanha”, carregou o significado de um ponto final na fase, segundo o peemedebista, “mais chata, dura e burocrática da pré-campanha que é a escolha dos candidatos”. “A partir de agora é sentar, esquematizar, organizar as viagens, já que não tem mais preocupação se é esse ou aquele nome”, projetou o ex-governador. Com a chapa, enfim, completa, ele comemorou o fato de a composição ter ficado “exatamente do jeito que queria”.

Ao microfone, falou pela primeira vez da escolha do deputado federal Raul Jungmann (PPS) para concorrer ao Senado na segunda vaga da majoritária. Ao apresentar o pós-comunista, classificou-o como: “Guerreiro, articulado, firme, muito firme, atualmente deputado e futuro senador”. O convite formal ao parlamentar foi feito por Jarbas pessoalmente na manhã de ontem, encerrando a etapa de sondagens e articulações de bastidor.

Enveredando para o assunto da convenção, o senador peemedebista considerou que aquele havia de ser um “ato formal” apenas, uma vez que o pré-lançamento programado para ser de grande porte com a presença do presidenciável José Serra (PSDB) já havia sido realizado no Chevrolet Hall, em maio, seguido por um segundo encontro de dimensões maiores em Caruaru, em junho.

Sendo assim, grifou que aquela mobilização não deveria ser comparada “com a convenção que está acontecendo do outro lado da cidade (a do governador Eduardo Campos/PSB)”. E provocou: “Porque essa é convenção da oposição. A outra é chapa branca. Os que estão aqui vieram espontaneamente, ninguém foi trazido por promessa de emprego ou ajuda financeira”.

Mais uma vez reconhecendo a condição adversa na disputa, na qual o favorito é o governador Eduardo Campos, alertou: “Nunca fui homem de esmorecer diante da luta”. E fez um apelo para que a população “cerre fileiras” e não vá na onda de que “a campanha vai ser morna”. “Vou pedir voto onde for difícil e também onde é favorável”, avisou. Em outro sinal de confiança, recordou a forma como foi recebido nas ruas no Sertão do Araripe, no último final de semana, “com alegria, respeito e admiração”. “Quando desci em Araripina, uma senhora de 55 anos disse: Deixem eu abraçar meu governador que fez com que deixássemos de tomar banho de cuia, trazendo água para cá”, entusiasmou-se.

Sobre a ausência do senador Sérgio Guerra, Jarbas explicou ter recebido um telefonema, às 13h30 de ontem, de José Serra requisitando a participação do presidente nacional do PSDB, em Brasília, para resolver as pendências sobre o candidato a vice-presidente. “Eu disse a Serra que os problemas dele lá eram maiores do que os meus aqui”, admitiu.

Agora em um novo momento da corrida eleitoral, Jarbas teve o cuidado de avisar, em entrevista: “Olhe, eu mudei meu telefone há dois ou três dias, porque era do Senado. Agora que virei candidato oficial, usarei o do PMDB”. O lançamento do comitê já está agendado para julho, onde fez as campanhas de 2002 e 2006.

Postada por Gabriel Diniz

Postar um comentário

Comente esta matéria

Postagem Anterior Próxima Postagem