DODÔ DIZ QUE MÉDICO DIRIGIA SEU CARRO NA NOITE DO ACIDENTE


O depoimento do vendedor Luís Adolpho Alves de Araújo, de 45 anos, conhecido como Dodô, que andou no carro do médico Homero Rodrigues da Silva Neto, 39, momentos antes do veículo se envolver no acidente que matou a ambientalista Ludmila Mirelle Inácio da Silva, 27, no último dia 2, no Complexo de Salgadinho, em Olinda, complicou a situação do ortopedista. Contradizendo o depoimento de Homero, de que Ludmilla dirigia o veículo, Dodô afirmou ao delegado do Varadouro Erivaldo Guerra, responsável pelo caso, que o médico estava ao volante quando o deixou em casa, nos Aflitos.

delegado disse que muito ainda precisa ser esclarecido até que existam provas suficientes para culpar alguém. "O depoimento do Luís Adolpho contradisse os principais fatos da investigação, principalmente em relação a quem dirigia o veículo. O médico disse que ela (Ludmila) teria dirigido, mas o vendedor disse que o ortopedista é que estava dirigindo. Os indícios estão sendo avaliados e, na próxima semana, vou decidir os próximos passos do inquérito, com o indiciamento ou não do médico. E também vou fazer a análise dos antecedentes criminais de Luís Adolpho", contou Erivaldo Guerra.

No depoimento, Dodô disse ter conhecido Homero Rodrigues em um bar no Bairro do Recife, na noite do acidente. "Ele disse que saíram do Bairro do Recife para ir até outro bar nos Quatro Cantos, em Olinda, onde teriam conhecido a moça (Ludmila). Em seguida, os três foram para outro bar, na beira-mar de Olinda, onde Dodô encontrou amigos e ficou em mesa separada do casal até irem embora juntos", comentou o delegado.

O advogado de Luís Adolpho, Amaro Coutinho, informou que seu cliente não teria como saber quem estava dirigindo na hora do acidente . "Os três se conheceram no mesmo dia. Dodô garante que o médico dirigiu por todo o percurso até a casa dele, nos Aflitos. No entanto, ele não sabe se depois que o deixaram, os dois teriam trocado de lugar. Ele não viu, porque não se preocupou em olhar para trás", defendeu.

De acordo com aperícia, quem conduzia o veículo no momento do acidente era a ambientalista. O principal indício foi a decapitação da moça com o impacto - que atingiu mais o lado do motorista. No entanto, o delegado informou que não foi feito nenhum exame específico para a coleta de digitais no volante do Corolla, ou algo que comprovasse que Ludmila realmente estaria dirigindo. O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) informou que ela não consumiu drogas na madrugada do acidente, mas que apresentava alto nível de álcool no sangue.

Fonte: DP
Foto: Ricardo Fernandes

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