A água suja também atrai insetos para a residência do representante comercial José Carlos Chaves. Ele é morador da casa de número 72, e é exatamente na saída da garagem da sua residência que ocorre o acúmulo da água. O comerciante Tony Jorge Vitorino mora na casa à frente e também se sente incomodado com a situação. Ele denuncia que, à noite, é pior. “Acreditamos que essa água venha do mercado público, porque quando diminui a atividade de lá, aqui para de escorrer. Do sábado para o domingo, por exemplo, não vemos essa sujeira”, contou.
Segundo ele, às vezes, saem do buraco sacolas e copos plásticos, tornando a via ainda mais suja. “No período chuvoso, a água se mistura com a do esgoto e ficamos com medo de andar a pé para não contrairmos doenças”, completou Tony Jorge.
Na casa de José Carlos Chaves, o odor é mais intenso do que no restante da vizinhança. Maria Ceci de Lima e Silva, sua sogra, uma idosa de 75 anos, dorme no primeiro quarto, onde o mau cheiro é maior. “À noite, quando a gente fecha os vidros e as portas de casa, ameniza. Mas de manhã, na hora de tomar café, o incômodo é grande”, reclamou José Carlos.
Os moradores afirmaram que já reclamaram várias vezes a diversos órgãos públicos, os quais tomam medidas paliativas, mas não chegam a resolver o problema definitivamente. “Não estamos exigindo mais, estamos pedindo ‘por favor’ para que algo seja feito”, revelou José Carlos.
A assessoria de imprensa da Compesa informou que o órgão enviou uma equipe ao local e não constatou anormalidade com os serviços abrangidos pela companhia, pois, segundo eles, trata-se de um galeria de água pluvial. A Prefeitura do Recife, através de nota oficial, informou que a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) iniciará, esta semana, o serviço de limpeza e de recuperação das galerias da rua Cônego Antônio Cavalcante.
Por Vanessa Araújo