GAFES...


Gafes, esquecimentos tolos, quem nunca os cometeu? Hoje, vou relatar fatos que ouvi de amigos e também vividos por mim. Mas sem dizer quem passou pelo quê. Usarei nomes fictícios.

Situação 1 - Mariana está sentada no ônibus. Os assentos estão todos ocupados. Uma moça entra e fica em pé bem em frente a ela. Mariana percebe uma pequena saliência na barriga da moça. Educadamente, oferece o lugar.

- Senta aqui.- A senhora está pensando que tô grávida?

Tô não, senhora. Tô é barriguda mesmo. Minha mãe vive dizendo para eu emagrecer, que eu vou perder o marido, mas eu não tomo vergonha na cara e só vivo a comer doces e gordura.E desde então Mariana só oferece lugar a gestantes, se estiverem com barrigas enormes, daquelas com 9 meses de gravidez.

Situação 2 - Rubem entra em um elevador, daqueles lotados, de repartições públicas, que você percorre 20 andares para chegar ao destino. A certa altura percebe que alguém o observa. Olha para o lado e disfarça. Mas a pessoa não satisfeita, pergunta:

- Oi Rubem. Não está me conhecendo não?

Rubem paralisa por alguns segundos, realmente não lembra da pessoa. Mas um segundo depois arruma uma maneira um tanto bizarra para sair do constrangimento. - Rapaz, como ficas diferente sem a saia e a bolsa que usas lá na esquina toda noite! - Eita Rubem... Eu te conheço de um seminário que você participou e eu coordenava a mesa. - Eu sei, homem de Deus. Tô brincando... E aí? Como vai?

Situação 3 - Como sempre, Sônia almoçava com a amiga e colega de trabalho Rita. Elas costumam ter amigas em comum, já que andam juntas. Sônia percebe uma pessoa se aproximando da mesa e pergunta a Rita, se Rita sabe quem é. Antes que ela responda..

- Oi Sônia! Como estás? Tudo bem? Que bom te rever... E Sônia, atordoada.

_ Tu... tu... tudo. _ E o trabalho? Como vai?_ Bem... bem... A moça desiste do diálogo, cumprimenta Rita e vai embora._Rita, que vergonha. Não me lembro dela, e pior que não pude disfarçar. Ela deve ter ficado chateada. _Não se lembra mesmo dela?

_ De jeito nenhum

_ Nós ficamos hospedadas uma semana na casa dela, em Fernando de Noronha, ano passado.E desde então Sônia espera encontrar aquela moça, para tomar um café e, quem sabe, pedir desculpas.

Situação 4 - Aline sempre ia àquela farmácia, comprar vitaminas C. Era seu vício e o do marido. Tinham sempre que tomar um comprimido por dia daquela vitamina. Pânico da gripe, ou costume mesmo. Enquanto esperava na fila - havia promoção de perfumaria e a fila estava grande - prestava atenção na conversa do balconista com uma cliente._ Queria este remédio aqui._

Pois não... Deixa eu ver... Aqui diz que a senhora deve tomar dois comprimidos por vez. Quantas vezes a senhora toma este remédio por dia?Silêncio.

_ Veja quantas caixinhas o senhor pode me dar...

_ Eu precisava saber quantos a senhora tom

a por dia, para fazer as contas de quantas caixas a senhora deve levar.Silêncio.

_ Quantas a senhora costuma comprar?_ Nunca comprei.

_ Então, o que a gente pode fazer... Três caixinhas pra senhora está bom?Silêncio.

_ É... na verdade, não são para mim, são para meu cachorro.Situação 5 - Zulmira era professora há 20 anos e sempre teve uma relação cordial com os alunos, gostava mesmo de fazer amizades com eles, perguntar sobre a vida que levavam. Isso, muitas vezes, a fazia passar por algumas situações constrangedoras. Uma aluna convidou-a para ir ao casamento dela. Zulmira não pôde ir, mas fez questão de pedir para ver as fotos.

_ Professora, trouxe as fotos para a senhora ver!

_ Oba, adoro álbum de casamentos...Passa uma folha, passa duas, na terceira..

_ Nossa, como é bonito seu pai... Vocês dois entrando na igreja deve ter sido algo iluminado..._ Professora, esse não é meu pai, é meu marido.

_ Mas como ele é lindo, né?


Texto: Letícia Garcia

Charge: Carva.

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