Por Cinthya Leite
Basta o olho irritar algum tanto para
recorremos imediatamente a colírios. A questão é que devemos usá-los com
muita cautela, especialmente durante o verão, quando aumenta a ida às
praias e às piscinas, o que gera irritações oculares e consequentemente
automedicação.
Afinal, o mau uso dessas substâncias
pode provocar desconfortos e doenças graves. Até mesmo o tratamento da
conjuntivite contempla vários tipos de colírios (antialérgico,
antibiótico, antiinflamatório ou lágrima artificial). Somente um
oftalmologista pode recomendar o específico para cada caso.
Segundo o oftalmologista Lúcio Maranhão,
do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), as consequências do uso
incorreto incluem lesões da superfície ocular. “Além disso, no caso dos
colírios indicados para reduzir a vermelhidão, pingar o produto sem o
acompanhamento devido só vai mascarar o verdadeiro motivo que causou o
problema”, alerta.
O médico também avisa que os colírios
vasoconstrutores e adstringentes podem provocar o chamado efeito rebote.
“Eles fecham os vasos sanguíneos, que estavam dilatados. Passado o
efeito, eles se dilatam ainda mais”, explica.
Até mesmo o colírio lubrificante, ou
lágrima artificial, contém conservantes que podem, embora com risco
reduzido, provocar uma conjuntivite alérgica. “Por isso, reforço a
informação: mesmo um colírio lubrificante precisa ser indicado pelo
médico”, conclui Lúcio Maranhão.