Uma escolha infeliz


Por Magno Martins

Para um candidato nasceu com o propósito de renovar, cuja estratégia política é apresentar-se como o novo, ter na chapa como vice o deputado Luciano Siqueira (PCdoB) soa como uma tremenda contradição. Militante histórico e respeitado no combate à ditadura, Siqueira foi escolhido para dar uma roupagem mais à esquerda.

Até aí tudo bem! O problema é que ao mesmo tempo o deputado comunista quebra o discurso de renovação, porque foi vice-prefeito de uma gestão petista, a do ex-prefeito João Paulo.

E é justamente esse o componente mais forte do discurso do PSB, para convencer o eleitorado recifense que governa bem o Estado e precisa incorporar ao Recife esse modelo de gestão, bem diferente do jeito petista de governar, do qual Luciano não só tem seu nome associado e umbilicalmente ligado como é um grande defensor.

O vice de Geraldo Júlio é um defensor intransigente da gestão petista no Recife e seu discurso é alicerçado em cima de defesas ardorosas de um modelo que o PSB combate e por tanto combater resolveu oferecer à capital a forma de superar o atraso.

Além de ser um político de ideias velhas e ultrapassadas, o deputado comunista envelheceu a chapa, não em se tratado da sua idade, mas das suas resistências em se reciclar e se render aos novos tempos de globalização.

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