Por Lucas Santana
Em menos de um ano após a inauguração, a Escola Estadual Antônio Correia de Araújo, no município de Camaragibe, já vem apresentando problemas que dificultam o trabalho de professores e o aprendizado dos alunos. A unidade abriga cerca de 800 estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio e também da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entregue em setembro do ano passado, a estrutura não consegue absorver a quantidade necessária de energia elétrica para o funcionamento da rede, fazendo com que luzes e outros equipamentos como ar-condicionado e computadores sejam danificados. Outro problema é a quantidade de rachaduras.
Para os que estudam no período da noite as dificuldades se agravam, pois grande parte da escola fica sem iluminação, inclusive, as salas de aula. A constante variação de energia sempre foi uma constante desde o lançamento e a comunidade não aguenta mais a troca dos equipamentos elétricos, que muitas vezes demoram para chegar à unidade. Uma equipe da Celpe já foi até o local e atestou que o problema não era na rede elétrica e, sim, na capacidade da escola. Além disso, funcionários e alunos convivem com medo de que ocorra desabamentos por conta das rachaduras.
Segundo um professor da unidade que não quis se identificar, a construção da escola custou R$ 1,5 milhão à gestão estadual. "A soma desses fatores negativos impede que os profissionais se sintam à vontade neste local e os alunos acabam perdendo a 'sede' de participar das aulas. A nossa equipe já enviou diversos ofícios à Secretaria de Educação, porém, nada ainda foi resolvido".
Por meio de nota, a Secretaria informou que realmente foi detectada uma rachadura na parede da Escola Estadual Antônio Correia de Araújo. Porém, o problema foi analisado por um calculista contratado pela Secretaria que, no seu parecer, não detectou risco de desabamento. O problema será resolvido neste primeiro semestre. Quanto ao ocorrido na rede elétrica, a pasta afirmou que eletricistas foram ontem à escola para solucionar o transtorno.