Era para ser um dia quente nas vendas. A tensão só deveria existir por conta da correria para encontrar o melhor presente ou mesmo aquele sapato. Mas o consumidor que foi ao Shopping Center Recife, em Boa Viagem, Zona Sul, ontem (23), foi surpreendido por uma movimentação fora do comum. Pouco tempo depois que as portas do maior centro comercial da cidade foram abertas, às 10h, 280 famílias de seis comunidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) ocuparam a entrada do supermercado Bompreço, que fica em frente a uma praça de alimentação. Entoando gritos de guerra, elas queriam que o estabelecimento fornecesse cestas básicas de graça. A loja fechou as portas. Pontos vizinhos fizeram o mesmo. Houve tensão e a Polícia Militar e o Batalhão de Choque foram acionados. Clientes e lojistas ficaram reféns de um shopping sitiado durante quase todo o dia. Os manifestantes só deixaram o centro comercial no final da tarde, depois que tiveram sua vontade atendida.
A ação das famílias foi planejada. Organizadas no Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), elas chegaram ao shopping divididas em pequenos grupos. Quando o centro comercial abriu, às 9h, no horário especial de Natal, elas começaram a entrar, aos poucos, dispersadas. Líderes de cada um desses grupos falavam-se por celular. Quando tiveram a certeza de que todas já estavam dentro do local, iniciaram a ocupação. Por volta das 10h, a massa de 280 famílias estava na frente do Bompreço. A reação dos seguranças da loja foi rápida. Em poucos instantes, as portas estavam fechadas. “Fizemos dessa forma para poder entrar no shopping sem chamar atenção. Driblamos a segurança”, revelou uma das coordenadoras do MLB Elizabete Araújo.
Os representantes do MLB ainda tentaram conversar com a administração do Bompreço, mas tiveram o pedido das cestas negado. A negociação, então, ficou a cargo do Instituto Shopping Recife, que cedeu os alimentos. Os manifestantes saíram do shopping por volta das 13h e aguardaram as cestas no estacionamento externo. O pedido só foi atendido às 16h, quando eles deixaram a área.
Do DP
A ação das famílias foi planejada. Organizadas no Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), elas chegaram ao shopping divididas em pequenos grupos. Quando o centro comercial abriu, às 9h, no horário especial de Natal, elas começaram a entrar, aos poucos, dispersadas. Líderes de cada um desses grupos falavam-se por celular. Quando tiveram a certeza de que todas já estavam dentro do local, iniciaram a ocupação. Por volta das 10h, a massa de 280 famílias estava na frente do Bompreço. A reação dos seguranças da loja foi rápida. Em poucos instantes, as portas estavam fechadas. “Fizemos dessa forma para poder entrar no shopping sem chamar atenção. Driblamos a segurança”, revelou uma das coordenadoras do MLB Elizabete Araújo.
Os representantes do MLB ainda tentaram conversar com a administração do Bompreço, mas tiveram o pedido das cestas negado. A negociação, então, ficou a cargo do Instituto Shopping Recife, que cedeu os alimentos. Os manifestantes saíram do shopping por volta das 13h e aguardaram as cestas no estacionamento externo. O pedido só foi atendido às 16h, quando eles deixaram a área.
Do DP