O responsável pelo estudo, Thomas Kodadek, admite que, por enquanto, um teste assim não representa uma esperança tão grande para pessoas com Alzheimer, pois ainda não existem terapias muito eficazes. Contudo, a mesma metodologia poderá servir para criar exames para diagnóstico precoce de câncer, aumentando as chances de tratamento. “Temos bons resultados preliminares em pacientes com tumores de pâncreas e pulmão, além de Parkinson”, afirmou Kodadek em entrevista ao Grupo Estado. “Agora, precisamos testar o exame em um número maior de voluntários.” O pesquisador trabalha no Instituto de Pesquisa The Scripps, na Flórida, entidade privada sem fins lucrativos.
A empresa Opko Health Laboratories pretende comercializar os testes. “O exame para Alzheimer deverá estar pronto até o fim do ano, mas não dá para prever quanto tempo o FDA (órgão americano de vigilância sanitária) vai demorar para autorizar”, pondera Kodadek. “Esperamos que, em 2011, seja a vez dos testes para câncer de pâncreas e pulmão”. O novo teste procura no sangue anticorpos específicos que denunciariam a ocorrência de uma determinada doença.
Vários testes disponíveis no mercado também buscam anticorpos para diagnosticar doenças. Contudo, é difícil identificar o antígeno que provoca - e também orienta - a produção dos anticorpos. O novo método substitui os antígenos por moléculas sintéticas conhecidas como peptoides.