Do PE 360º
Postagem Gabriel Diniz
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (28), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deu mais detalhes sobre a investigação do desaparecimento do menino Lucas Kauã Muniz da Silva (foto), de oito anos, no dia 4 de setembro. A entrevista aconteceu na sede do DHPP, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
Postagem Gabriel Diniz
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (28), o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deu mais detalhes sobre a investigação do desaparecimento do menino Lucas Kauã Muniz da Silva (foto), de oito anos, no dia 4 de setembro. A entrevista aconteceu na sede do DHPP, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife.
De acordo com a polícia, os dois suspeitos do sequestro são o taxista João José de Andrade, 60 anos, e o lavador de carros Jailson Alves da Silva, 27. A investigação corre em sigilo para preservar a criança, mas o gestor do DHPP, Joselito Kehrle, informou que os suspeitos são os dois únicos responsáveis pelo sequestro e podem estar envolvidos em outros crimes com outras vítimas, onde há relatos de estupro, abuso sexual e homicídio.
O lavador de carros assumiu o crime e, para Joselito Kehrle, não há dúvida de que o taxista também participou. “No relato de Jaílson Alves, embora ele seja fugitivo de um hospital psiquiátrico desde 2006, ele relata com muita precisão os relatos do crime. Ele disse que o menino ficou encarcerado por cinco dias. Depois de passar as notícias na televisão, eles levaram o menino para Cabedelo, na Paraíba”, disse.
Lucas estava no terminal de Joana Bezerra quando, por volta das 17h20, foi levado pelos suspeitos para a casa do taxista, no mesmo bairro, no Recife. Depois de cinco dias, Lucas foi levado para a cidade de Cabedelo, na Paraíba. O taxista teria deixado o menino com Jaílson e voltado para o Recife.
João José disse que chegou a ir a Cabedelo uma vez, durante os dois meses em que o garoto ficou desaparecido, para trazê-lo de volta, mas ele não quis. “O taxista pensou em matar a criança, porque ele tinha medo que ela o denunciasse, já que ele é conhecido na localidade”, falou a delegada Gleide Ângelo.
Segundo o homem, Lucas costumava ficar pelas ruas catando lixo e teria sofrido maus tratos. Jaílson Alves foi preso nesta manhã, em Cabedelo. Já o taxista foi detido num ponto de táxi, no bairro de Afogados. João José de Andrade já tinha sido ouvido em outra ocasião, durante as investigações, e negado envolvimento no crime.
A polícia informou ainda que, na última quarta-feira (27), Jailson, dizendo-se tio de Lucas Kauã, pediu a um caminhoneiro para levar o menino de volta para casa. Eles estavam em Goiana, na Mata Norte pernambucana. O caminhoneiro, sem saber que se tratava do garoto desaparecido, pediu que ele ligasse para a mãe.
Ao entrar em contato com a família de Lucas, o caminhoneiro combinou para entregar o garoto no terminal de integração da Macaxeira, no Recife. Quando soube que Lucas Kauã estava em Pernambuco, o taxista João José teria ligado para o lavador de carros pedindo que ele deixasse o menino na Ceasa, para "dar um destino" a ele, mas o garoto já estava com a família.
O delegado Joselito Amaral lembrou que Jailson confessou ter um histórico de crimes contra menores, como abuso sexual e até homicídios. Em alguns crimes, ele e o taxista teriam atuado juntos. “Jaílson menciona, pelo menos três vezes, que o taxista esteve envolvido no sequestro da criança e teria forçado ela a trabalhar coletando material reciclável. Nós vamos investigar os crimes relatados durante os depoimentos”, disse.