Cerca de 80 médicos residentes fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira na região da avenida Doutor Arnaldo, em São Paulo, como parte para greve iniciada no último dia 17 em todo o país. A avenida ficou fechada por cerca de 30 minutos, sendo liberada por volta das 12h30, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
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A categoria reivindica reajuste de 38% da bolsa do residente, que é de R$ 6,60 a hora trabalhada. Além disso, os residentes pedem o pagamento da 13ª bolsa baseada na lei do estagiário, licença maternidade por seis meses e auxílios moradia e alimentação, além de melhoria das condições de formação.
Segundo a Associação Nacional dos Médicos Residentes, o protesto em São Paulo faz parte de uma série de manifestações espalhadas em todo o país, que cobra a retomada da mesa de negociação. De acordo com a associação, são feitos protestos ainda em Goiás, Maranhão, Distrito Federal, Amazonas, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
Na semana passada, o MEC informou que novas negociações dependem do fim da greve, quando um grupo de trabalho deverá discutir formas de melhorar as condições de trabalho dos residentes e avaliar outras possibilidades de reajuste da bolsa auxílio. O grupo será composto por membros da Federação das Santas Casas, de médicos-residentes e da atual comissão governamental, de acordo com a Portaria nº 2.352, publicada em 16 de agosto deste ano no "Diário Oficial da União".
O presidente da ANMR, Nívio Moreira Júnior, criticou a atitude do governo e disse que a categoria pretende continuar com a greve. "Tendo em vista que nós mostramos que estamos abertos ao diálogo, achamos que essa posição é uma forma de intransigência. Vou consultar os representantes dos estados, mas em princípio, a greve está mantida", declarou. Ele disse ainda que deve apresentar ao ministério até segunda-feira (30) um pedido formal de negociação.