Casal sobe ao altar cumprindo meta de gastos. Siga as dicas


Do Estado de Minas
Postagem Gabriel Diniz


Os brasileiros estão se casando mais e gastando mais para realizar o sonho da união ideal. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a taxa de núpcias legais do Brasil apresentou, em 2008, o seu maior índice desde 1999. Segundo o estudo Síntese de indicadores sociais 2010, a taxa chegou a 6,7 por mil entre a população com mais de 15 anos. Em 2008, último dado disponível, segundo o IBGE, houve cerca de 960 mil casamentos formais no Brasil, 5% a mais do que o número observado no ano anterior. O movimento gira essa indústria dos enlaces no país, que fatura cerca de R$ 10 bilhões ao ano, e leva aos casais o desafio de organizar a vida financeira a dois.

Maria Amgelina Nardy Mattos e Fabrício Caetano Marques casaram-se no dia 11. Eles integram o grupo de personagens que vem sendo acompanhados pelo projeto Na Real, do Estado de Minas e do portal em.com.br, desde janeiro, com o objetivo de mostrar aos leitores de que maneira a macroeconomia interfere na vida dos cidadãos comuns. Depois de gastarem exatos R$ 69.473 com a cerimônia, a festa do casamento e a viagem de lua de mel, eles agora planejam poupar para adaptar a casa à rotina do casal e à chegada de um bebê, que ainda não foi encomendado. Diferentemente do que se vê na maioria dos casos, para eles, falar sobre dinheiro nunca foi problema. “Dividimos os gastos da festa, da cerimônia e da viagem meio a meio. E ainda sobrou dinheiro para compras na lua de mel”, diz Angelina.


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A psicóloga Cleide Maria Bartholi Guimarães, autora do livro Até que o dinheiro nos separe, explica que a relação de um casal com o dinheiro surge durante o namoro. “Quando duas pessoas se casam, a ficha demora um pouquinho a cair. Tem alguns que levam de dois a três meses para descobrir que estão casados. O primeiro ano de um casamento é um período no qual se descobre muitas coisas. Se eles nunca conversaram sobre dinheiro, essa ficha tende a cair de forma mais contundente.”

Para o consultor de finanças pessoais Erasmo Vieira, para quem está entrando na vida a dois, quanto mais clareza em relação à vida financeira, melhor. Parece coisa de novela, mas ele conta que na vida real já atendeu a um cliente que não falava nada de suas finanças para a noiva porque tinha muitos imóveis e temia que ela se casasse com ele pelo dinheiro. “Há também casais totalmente endividados, nos quais um suja o nome do outro”, afirma. E um caso em que o noivado terminou, mas o casal já tinha comprado um imóvel. “Os dois acabaram no prejuízo. Tiveram que devolver o apartamento à construtora e não conseguiram recuperar o que aplicaram porque tinham pedido empréstimo para comprar o imóvel.”

Angelina e Fabrício, porém, estão do lado certo da história. Ele conta que quando decidiram se casar, abriram uma caderneta de poupança onde depositavam um pouco de dinheiro a cada mês para fazer frente aos gastos que viriam a seguir. “Calculamos que o gasto seria de R$ 50 mil, mas acabamos gastando mais”, diz Angelina. Os depósitos eram feitos de forma combinada, de acordo com a possibilidade de cada um no mês, mas com um valor final programado entre os dois. “Deu tudo certo, nunca tivemos problemas relacionados a dinheiro.”

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