Bala perdida encontra estudante no Ibura

Por Rachel Morais
Postagem Adriano Oliveira

Uma adolescente de 16 anos foi atingida de raspão por uma bala perdida, no bairro do Ibura, próximo à entrada da Escola Jordão Emerenciano, onde estudava. O incidente, provocado durante um tiroteio entre policiais e bandidos, aconteceu por volta das 7h30, horário do início das aulas para 1,2 mil alunos do turno da manhã da instituição de ensino. Não se sabe ainda a origem do tiro que atingiu a estudante.

De acordo com o cabo do 19º BPM, Djalma Juvino, a guarnição estava atrás de dois assaltantes nas imediações da escola. Um dos criminosos estaria a pé e o outro em uma moto. “Depois do tiro que veio deles, peguei minha arma, engatilhei apontando para baixo e disparou acidentalmente. Não sei se foi essa bala que atingiu a menina, mas se tiver sido, arco com as responsabilidades”, disse Djalma.

Porém, testemunhas que presenciaram o acontecido informaram ter ouvido, apenas, um único disparo. “Ouvi o tiro e, quando fui olhar, só estava o carro da polícia quase na frente do portão da escola. Não cheguei a ver os assaltantes”, falou o comerciante Elias Bezerra, dono de uma barraca na frente da instituição, na avenida Angra dos Reis, UR-2.

Ketly Carneiro, estudante do 3º ano do Ensino Médio, foi atingida no antebraço direito, levada pelo Samu para a Policlínica Arnaldo Marques e, de lá, foi encaminhada à UPA da Imbiribeira. A menina recebeu atendimento e foi liberada em seguida. Por causa do tumulto, a direção da escola suspendeu as aulas da manhã. “Todos ficaram muito preocupados. Não havia condições”, explicou a diretora Maria do Carmo Vasconcelos

Maria do Carmo disse que a estudante foi socorrida dentro da escola, pois foi quando percebeu que tinha sido atingida. A professora e coordenadora Cláudia Sales acompanhou a estudante ferida durante o socorro.

Um jovem que pilotava uma moto nas proximidades da unidade educacional foi detido e levado para a Delegacia do Ibura. Lá, ele não foi reconhecido pela vítima, nem por testemunhas. Ainda foram ouvidos pela delegada Anete Marques, a adolescente, os pais dela, duas testemunhas, os policiais militares e uma professora.

“Até então, não temos informações precisas. Não se tem nada contra o rapaz trazido como suposto assaltante, apesar de ele ter antecedentes criminais, mas ele ‘está em dia’ com a Justiça. Todos os depoimentos serão tomados e o teste de balística será feito para identificar de onde saiu o tiro que atingiu a estudante. O prazo para a conclusão do inquérito é de 30 dias”, informou o comissário Marcos Félix.


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