A moradora do 6º andar Conceição Barros, de 33 anos, estava dormindo no momento dos tremores, mas acordou com o pânico dos vizinhos. "Todo mundo desceu até o pessoal da prefeitura chegar. Os condônimos do 3º e do 5º andares foram quem sentiram o abalo", disse. Apesar do susto, os moradores dormiram nas próprias residências. "A gente dormiu, mas com um olho aberto e outro fechado", completou.
O jovem João Gabriel, de 7 anos, em tom descontraído, disse que "as cadeiras todas ficaram rodopiando; foi um verdadeiro fenômeno natural". A esteticista Cacilda Lanusa, moradora do 4º andar, informou que "as pessoas ficaram preocupadas; ficou todo mundo chamando os outros pela janela". Ainda de acordo com ela, "o edifício é velhinho mesmo, ele tem quase 60 anos. Mesmo assim, os moradores se recusam a fazer rateios para melhorar a estrutura do prédio, onde moro há mais de 30 anos; o último custava apenas R$ 40 por oito meses, não deu em nada", afirma Cacilda.
Outro morador do edifício, o funcionário público Ciro de Freitas foi mais analítico: "Aconteceu algo estranho ontem, houve tremidos, e os técnicos vieram aquir verificar, possivelmente, se foi por conta de um abalo sísmico, dos ventos ou das ferragens deste e do prédio vizinho, o Amaraji".
Os engenheiros que estavam de plantão na Codecir nesta terça (29) supuseram na ocasião da visita ao prédio, à noite, que o tremor tivesse sido provocado por uma rajada de ventos. Os técnicos chegaram a verificar que o prédio ao lado apresenta ferragens expostas e também deverá ser alvo de vistorias.
VÍDEO
» Veja o relato dos moradores do edifício sobre o que aconteceu durante o tremor
Na manhã desta quarta-feira (30), um engenheiro da Defesa Civil foi ao local para ouvir e coletar entrevistas dos moradores. Será verificada posterioremente a necessidade ou não de proceder com uma vistoria mais apurada em toda a estrutura do edifício Barreiros, que possui sete andares e 28 apartamentos.
Postada por Gabriel Diniz