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ASMA ATINGE MILHÕES DE PESSOAS


Alívio. Assim, a estudante do curso de Artes Cênicas, Anaterra Veloso Freire Farias, de 19 anos, define o período de um ano que a jovem não teve nenhuma crise de asma, problema que a acompanhou por toda a infância e juventude. Esse foi o maior período que Ana tem recordações de não sofrer com a doença que lhe impediu de fazer várias atividades, além de ter rendido várias idas às emergências hospitalares, inúmeras sessões de nebulização e uma dependência por muito tempo a famigerada ‘bombinha’.

Desde que descobriu que tem asma, por volta dos seis anos de idade, Anaterra passou a ter acompanhamento médico para minimizar os efeitos das crises. “Hoje minhas crises são mais fracas, mas já sofri muito por ter asma. Muitas vezes não podia fazer atividade física, nem sair sem a bombinha”, relatou Anaterra, que não gosta nem de lembrar do momento em que tinha crises. “A sensação que a gente tem é de que nunca mais vai se conseguir ar novamente. É horrível ficar tentando puxar ar e não conseguir”, lembrou Anaterra.

Em pleno Dia Mundial da Asma, Anaterra pode ter a certeza de que ela é uma das muitas pessoas ao redor do mundo que sofrem com a asma. De acordo com o alergologista. José Ângelo Rizzo, as estatísticas apontam que, no mundo, mais 300 milhões de pessoas têm asma e que no País, 10% da população tem ou já teve asma. No Recife e em Carurau, em torno de 20% das pessoas também já sofreram com a asma. “Apesar de muitas pessoas tratarem com descaso, a asma ocorre com muito frequência”, pontuou o especialista.

Entre os sintomas da asma estão o cansaço aos esforços, crises de chiado, tosse, além de dificuldade para respirar e falta de oxigênio no organismo. Diferente de outras doenças, o asmático não tem um perfil definido. Só sabe-se que a doença está relacionada a fatores hereditários, alérgicos e desencadeadores. “Não existe um perfil nítido do paciente com asma. Comumente, ela afeta crianças menores, que deixam de ter crises durante a adolescência. Mas existem pessoas que tem asma com 40 anos”, explicou José Ângelo.

Apesar de não ter cura e muitos pacientes se curarem por si só, José Ângelo garante que o tratamento é essencial ao bem-estar das pessoas que têm asma. “Quem sofre com a asma, hoje, pode viver com tranquilidade, sem ter que pagar um preço alto por isso”, disse o médico. No Brasil houve uma redução em 50% dos internamentos, nos últimos dez anos. “Isso deve-se, principalmente, as campanhas de orientação, mas, principalmente, à distribuição gratuita dos medicamentos”, colocou o especialista. “Sem tratamento a pessoa tem uma vida muito comprometida. O tratamento contínuo, de acordo com a necessidade do paciente, é muito importante ao bem- estar da pessoa”, concluiu José Ângelo. Na próxima sexta-feira, em todo o Brasil, será comemorado o Dia Nacional de Prevenção à Alergia.

Por Marcela Alves

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