MÉDICO DE JALECO FORA DO TRABALHO SERÁ MULTADO
Uma lei proibindo que profissionais de saúde da Prefeitura do Recife usem jalecos e aventais fora do local de trabalho tem causado polêmica na cidade. Sancionada anteontem pelo prefeito João da Costa, a nova legislação tem como objetivo evitar que médicos, enfermeiros e demais servidores da área exponham a vestimenta a germes e voltem às unidades de saúde.
Para a autora do projeto de lei, vereadora Aline Mariano (PSDB), o costume de alguns profissionais aumenta a probabilidade de contaminação dos pacientes por bactérias. “Médicos me procuraram para afirmar que ao usar jalecos e aventais fora do ambiente de trabalho, os profissionais de saúde estavam trazendo a possibilidade de contaminação aos pacientes, que já estão com o organismo fragilizado”, explicou a vereadora.
A lei já está em vigor e atinge diretamente 3.270 servidores. O texto não explica quem deve fiscalizar. Além disso, o artigo que estipulava uma multa em Ufir terminou sendo vetado pelo prefeito. João da Costa alegou que a unidade monetária não existe mais. “Marquei uma audiência com o secretário de saúde. O objetivo agora é estipular uma multa através de decreto”, disse Aline Mariano.
O secretário-geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Recife, Clínio Oliveira, questiona a legislação, afirmando que não havia necessidade de se criar uma lei. “Isso poderia ser feito através de um trabalho de conscientização. Com certeza os profissionais estão dispostos a melhorar o atendimento. Não precisava impor uma lei”, destacou.
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), André Longo, acredita que a medida levanta uma discussão importante, mas sugere adaptação. “Não somos contra. O mais adequado é que as unidades de saúde forneçam essas batas, para que elas não saiam do local”, afirmou.
Segundo Longo, muitos médicos usam os jalecos no trânsito de um local de trabalho para outro. “Cada médico confecciona seu próprio jaleco. Não é adequado que os médicos circulem de bata. Então, que a prefeitura ceda esse material”, sugeriu.
A médica infectologista do Hospital das Clínicas Cláudia Vidal afirmou que existem bactérias capazes de sobreviver mais de 24 horas, mas fez uma ponderação. “Uma infecção poderia ocorrer se esse médico saísse de uma UTI de um hospital, por exemplo, e fosse para a UTI de outro hospital. Já que nesses locais existem bactérias resistentes. Por isso, é aconselhável que em UTIs se usem batas descartáveis”, salientou Cláudia Vidal.
Segundo a infectologista, há muitos fatores para que haja uma infecção por bactéria. “A pessoa precisa estar predisposta e uma bactéria pode ser transmitida de diversas formas. Então, em relação ao jaleco, é apenas uma questão de higiene não usá-lo fora do local do trabalho”, resumiu.
Fonte: Jornal do Commercio
Para a autora do projeto de lei, vereadora Aline Mariano (PSDB), o costume de alguns profissionais aumenta a probabilidade de contaminação dos pacientes por bactérias. “Médicos me procuraram para afirmar que ao usar jalecos e aventais fora do ambiente de trabalho, os profissionais de saúde estavam trazendo a possibilidade de contaminação aos pacientes, que já estão com o organismo fragilizado”, explicou a vereadora.
A lei já está em vigor e atinge diretamente 3.270 servidores. O texto não explica quem deve fiscalizar. Além disso, o artigo que estipulava uma multa em Ufir terminou sendo vetado pelo prefeito. João da Costa alegou que a unidade monetária não existe mais. “Marquei uma audiência com o secretário de saúde. O objetivo agora é estipular uma multa através de decreto”, disse Aline Mariano.
O secretário-geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Recife, Clínio Oliveira, questiona a legislação, afirmando que não havia necessidade de se criar uma lei. “Isso poderia ser feito através de um trabalho de conscientização. Com certeza os profissionais estão dispostos a melhorar o atendimento. Não precisava impor uma lei”, destacou.
O presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), André Longo, acredita que a medida levanta uma discussão importante, mas sugere adaptação. “Não somos contra. O mais adequado é que as unidades de saúde forneçam essas batas, para que elas não saiam do local”, afirmou.
Segundo Longo, muitos médicos usam os jalecos no trânsito de um local de trabalho para outro. “Cada médico confecciona seu próprio jaleco. Não é adequado que os médicos circulem de bata. Então, que a prefeitura ceda esse material”, sugeriu.
A médica infectologista do Hospital das Clínicas Cláudia Vidal afirmou que existem bactérias capazes de sobreviver mais de 24 horas, mas fez uma ponderação. “Uma infecção poderia ocorrer se esse médico saísse de uma UTI de um hospital, por exemplo, e fosse para a UTI de outro hospital. Já que nesses locais existem bactérias resistentes. Por isso, é aconselhável que em UTIs se usem batas descartáveis”, salientou Cláudia Vidal.
Segundo a infectologista, há muitos fatores para que haja uma infecção por bactéria. “A pessoa precisa estar predisposta e uma bactéria pode ser transmitida de diversas formas. Então, em relação ao jaleco, é apenas uma questão de higiene não usá-lo fora do local do trabalho”, resumiu.
Fonte: Jornal do Commercio
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