TV COM CONVESOR DIGITAL EM JANEIRO


Os consumidores precisam ficar atentos aos movimentos do mercado de televisores neste fim de ano e início de 2010. É que uma portaria do Governo Federal, expedida em setembro, prevê que a partir do próximo mês de janeiro todas as televisões a partir de 32 polegadas terão que vir com o aparelho do conversor digital acoplado no seu sistema. Ou seja, uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) consultou pessoas em 12 capitais (incluindo o Recife) e constatou que 11,3% têm interesse em comprar TV ou som no Natal e fim de ano. Antes de ir às compras, procure se informar, ver o preço dos eletrônicos e checar se não vale a pena investir numa televisão digital.

Pós-graduado em gestão empresarial e coordenador do Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep), Eduardo Andrade vê com bons olhos a TV Digital, mas explica que, até o momento, o custo benefício não tem justificado uma troca. “Eu ainda não tenho porque não achei que o custo benefício valeria a pena. Esse mecanismo digital para TV aberta no Recife só pega em duas emissoras (SBT e Globo). Por isso, ainda não acho vantagem”, justifica. De toda maneira, Andrade não deixa de ressaltar o refino das imagens e o som com maior qualidade.

É possível que o cenário atual se modifique para Eduardo Andrade e outros consumidores. Coordenando desde 2004 um grupo que acompanha todos os desmembramentos da TV Digital no Brasil, o engenheiro do Cesar (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) Andrino Coelho considera que a tendência é haver uma baixa no preço dos aparelhos com a obrigação do conversor digital para os televisores a partir de 32 polegadas. “Apesar da crise, o ano de 2009 foi atípico. Muita gente migrou da classe C para a B e da D para a C. Existe a possibilidade de venda para esse grupo havendo baixa no preço”, prevê Coelho.

A expectativa é que uma TV com conversor - que hoje está sendo vendida por cerca de R$ 2 mil a R$ 3 mil - tenha o seu valor reduzido para R$ 1,6 mil. Com isso, as classes menos abastadas, que têm renda salarial de R$ 1,2 mil, poderiam arriscar um parcelamento em nome de um aparelho com maior qualidade. “O brasileiro gosta de ter televisão em casa”, diz Andrino Coelho. A “promoção” nas vendas viria para agradar aos trabalhadores. “É preciso haver o apoio do Governo. Tem que democratizar a questão dos conteúdos que vão veicular”, frisou o presidente do Sindicato de Processamento de Dados, Admirson Medeiros.

Por Paulo Marinho

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