"SENTI MEDO"


ALUNA DA UNIBAN DIZ QUE COSTUMA USAR
ROUPAS CURTAS E APERTADAS

"Costumo usar vestidos curtos e calças apertadas, assim como outras meninas. Naquele dia, tinha pegado ônibus, andado na rua e ninguém disse nada", contou a estudante de 20 anos do curso de turismo hostilizada por alunos na quinta-feira (22) por usar roupa curta na Uniban, em São Bernardo do Campo, no ABC.

 A Polícia Militar foi chamada por colegas da jovem para conter o tumulto e permitir que a garota deixasse a faculdade. Muitas pessoas filmaram a cena e divulgaram as imagens no site de vídeos YouTube, na internet. A universidade pediu para que o conteúdo fosse retirado.

 A garota lembra que saiu coberta por um avental branco. "Eles estavam possuídos, fiquei com muito medo", afirmou uma semana depois do ocorrido. Em nota divulgada na quinta-feira (29), a Uniban afirmou que instaurou uma sindicância. "Alunos, professores, seguranças e também a aluna estão sendo ouvidos individualmente", informou a universidade.

 Uniban "pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto, conforme o regimento interno".

Pelas cenas e depoimentos de presentes, o tumulto começou quando a aluna subia por uma rampa até o terceiro andar e os alunos começaram a gritar. Ela ficou trancada em uma sala e, com a ajuda de um professor e colegas, chamou a polícia, que a escoltou até a saída da universidade. A estudante pediu para que seu nome não fosse divulgado.

Saia curta

Anderson Araújo de Oliveira, colega de classe da jovem, disse ao G1 que quando chegou à aula, um pouco atrasado, encontrou vários alunos aglomerados na porta de sua classe, tirando fotos e gravando vídeos com o celular. Ao entrar na sala, disse que queria ligar para a Polícia Militar.

“Ela estava com uma roupa meio insinuante, o pessoal da faculdade ficou perseguindo para vê-la. Quando eu cheguei, já estava uma confusão. Ela estava lá dentro, com os outros alunos e o professor”, contou o estudante.

De acordo com Oliveira, a estudante estava com um vestido “muito curto, rosa, bem curto”. Segundo o estudante, a universidade não procurou os alunos coletivamente para comentar o caso ou fez alguma punição.

Fonte: G1

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