IGREJA DAS FRONTEIRAS


MORADA DO DOM DA PAZ ABERTA
AO PÚBLICO NOVAMENTE

Quase dois anos depois de fechar para restauro, a morada do arcebispo emérito de Olinda e Recife, dom Helder Camara, reabre para o público nesta quinta-feira. A Igreja de Nossa Senhora da Assunção das Fronteiras, no bairro do Derby, Centro do Recife, será reinaugurada às 19h, com missa. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o templo onde o religioso viveu os últimos 31 anos de vida integrará o Memorial Dom Helder Camara, que inclui casa museu e as futuras instalações da exposição permanente e da sede do Instituto Dom Helder Camara (Idhec).

Com R$ 845 mil doados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), arquitetos e restauradores recuperaram terraço externo, fachada, paredes, três altares e o púlpito, além da grade do coro. Os aposentos do arcebispo emérito também sofreram intervenção, mas foram preservados da forma que o religioso os deixou ao morrer, em 1999.

Após a missa de reinauguração, o Idhec descerra placa em homenagem a dom José Lamartine, que foi bispo auxiliar e grande amigo de dom Helder Camara. A placa ficará afixada nos jardins do templo. “Dom Lamartine foi uma pessoa importantíssima no episcopado de dom Helder, que costumava dizer que os dois eram ‘o arcebispo de Olinda e Recife’”, conta a diretora cultural do Idhec, Bete Barbosa.

Somente a partir de fevereiro de 2010, porém, é que os visitantes poderão visitar o acervo de prêmios, documentos, vestimentas e material litúrgico de dom Helder. Essas peças integrarão exposição permanente no primeiro andar da igreja. O espaço, climatizado, contará com elevador para permitir o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção.

Também no próximo ano será inaugurada a sede do Idhec, que funcionava nas dependências do templo e do Centro de Documentação (Cedhoc). Com apoio do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon) e do governo do Estado, o instituto adquiriu imóvel ao lado. A nova casa ainda abrigará parte do Cedhoc, cujo espaço se mostra insuficiente para comportar o acervo.

“Com espaço reduzido, não podemos guardar com segurança os livros e o material audiovisual. Vamos dar ao acervo condições adequadas de conservação”, explica o presidente do Conselho Curador do Idhec, Bruno Ribeiro.

O arquiteto Jorge Passos e a restauradora Débora Mendes coordenaram a reforma do templo, com supervisão do arquiteto Zildo Caldas. A igreja está no local desde o século 17, quando Henrique Dias edificou uma capela. Em 1823, ergueu-se a construção que chegou aos dias atuais. Há exatos 60 anos, ela foi tombada pelo Iphan.

Fonte: JC ON LINE



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