Morreu nesse domingo (24), aos 71 anos, no bairro do Derby, Região Central do Recife, o narrador Roberto Queiroz, da Rádio Jornal.
Conhecido como o Garganta de Aço, devido a sua voz potente e inigualável, Roberto levou emoção a vários torcedores de Pernambuco e do Brasil por anos. Ele estava internado em um hospital do Recife, para tratamento de um câncer. O sepultamento será na tarde desta segunda-feira (25), no Cemitério Parque das Flores, no Curado.
Carreira
A carreira de Roberto Queiroz começou em Caruaru, Agreste de Pernambuco, junto ao irmão Mané Queiroz - que faleceu em janeiro de 2014.
Antes da Rádio Jornal, Roberto passou pela Rádio Clube e também pela CBN. Ele chegou a receber outros convites para narrar fora de Pernambuco, mas sempre preferiu ficar no Estado. Queiroz também narrou diversas Copas do Mundo. A última delas em 2018, na Rússia.
Lenda do rádio
Roberto Queiroz era um dos nomes mais experientes do rádio pernambucano. Durante décadas, foi dele a voz que narrou diversas conquistas dos clubes do Estado. Um fiel companheiro ao torcedor que ia ao estádio com o seu radinho de pilha ou ficava em casa ouvindo as emoções do futebol.
Várias narrações eternizaram Roberto Queiroz ao longo das décadas. Contudo, duas em especial são marcantes, em especial para a torcida do Sport. A primeira foi do título brasileiro de 1987. Ao narrar o gol de Marco Antônio, que deu o título nacional, ele começou a gritar o nome do jogador com o som da torcida gritando ao fundo.
Já a segunda transformou Roberto Queiroz em um personagem icônico do título do Sport na Copa do Brasil. Em um mata-mata tenso, contra diversos gigantes do Brasil, o Leão viveu vários dramas na Ilha do Retiro. Mas conseguiu se superar. E para marcar toda essa emoção, Roberto Queiroz passou a gritar "É cacete!" para cada gol do Sport. A expressão ficou marcada para sempre entre os rubro-negros, ganhando grande repercussão nacional.
Com informações do JC