2014: João Paulo se escala para a disputa do governo

João Paulo  se considerea a melhor opção dentro do partido para concorrer à sucessão estadual. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press/Arquivo 
Por Filipe Barros

Se dentro do PT pernambucano existia dúvida sobre um nome para concorrer ao governo do estado no próximo ano, essa dúvida não existe mais. Pelo menos na visão do ex-prefeito e atual deputado federal João Paulo (PT). Ele se considerea a melhor opção dentro do partido para concorrer à sucessão estadual. "Acho que meu nome é o melhor para concorrer ao governo de Pernambuco em 2014", disse o parlamentar durante entrevista descontraída a uma rádio local."Mas vamos deixar o debate eleitoral para depois. Ainda não se consolidou nenhum cenário político. Estou adorando o mandato de deputado federal e discutir assuntos nacionais".

O debate de nomes do partido para a disputa do governo estadual está em banho maria desde da derrota sofrida pelo partido na disputa da Prefeitura do Recife no ano passado, quando o socialista Geraldo Julio desbancou o senador Humberto Costa (PT). João Paulo era o vice na chapa petista.

Uma das preocupações da legenda é garantir um palanque para a presidente Dilma Rousseff na disputa da reeleição.

Entre outros assuntos, o deputado comentou assuntos polêmicos como o processo do mensalão, a condenação de Dirceu, redução da maioridade penal e a falta de investigação sobre as privatizações durante o governo tucano.

Sobre o seu correligionário e ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a mais de dez anos de prisão acusado de comandar o esquema do mensalão, João Paulo comparou o processo com o julgamento feito a Jesus Cristo e Barrabás. "Tudo que vi sobre Dirceu é que não existe provas. Para julgar qualquer crime as provas são fundamentais. Nos relatos e na assessoria no PT não existe prova alguma".

Perguntado sobre se falta igualdade nos processos investigativos o ex-prefeito foi enfático. "Acho injusto só julgar o mensalão do PT. As privatizações do PSDB não estão nem sendo citados. È injusto, temos que ter igualdade. O protagonista é o mesmo que é Marcos Valério".

Em relação a maioridade penal, o petista se posicionou contra a medida."O ideal é que possamos garantir saúde, educação, segurança, lazer e arte para os jovens. As maiorias dos crimes estão sendo realizados por pessoas dentro da faixa dos 18 e 26 anos, segundo uma pesquisa que fiz. Na nossa concepção não resolve. O caminho não é por ai".

Do DP/Foto: Bernado Dantas

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