Entre as primeiras reações ao falecimento de Levi-Montalcini está a do prefeito de Roma, Gianni Alemanno, que declarou que com sua morte se vai "uma personalidade extraordinária, uma mulher que em sua longa e esplêndida vida mostrou um compromisso, uma força e um empenho extraordinários". Levi-Montalcini se formou em Medicina pela Universidade de Turim em 1936, e trabalhou como assistente do histólogo Giuseppe Levi.
Quando começou a Segunda Guerra Mundial e devido às ameaças de perseguições antissemitas, ela se mudou para Bruxelas, onde colaborou com o Instituto Neurológico durante um ano. Em 1940, após a entrada das tropas de Hitler na Bélgica, retornou à Itália e organizou em sua casa um pequeno laboratório de neuroembriologia experimental.
Durante a guerra, viveu clandestinamente em Florença e trabalhou como médica das tropas americanas até, finalizada a guerra, voltar a trabalhar na Universidade de Turim. Em 1947, se mudou para os Estados Unidos após o convite do professor Viktor Hamburguer para ir à Washington University de St. Louis, onde foi pesquisadora e professora de Neurobiologia.
Entre 1954 e 1960, trabalhou junto com o bioquímico americano Stanley Cohen na identificação do fator de crescimento e, um ano depois, fundou em Roma um Centro de Pesquisa sobre o NGF ("nerve growth fator", fator de crescimento neural). Em 1969, tomando como base esse centro, criou o Instituto de Biologia Celular, do qual ocupou a direção, passando a viver entre St. Louis e Roma, até se estabelecer de forma definitiva na capital italiana em 1977.
Em 1986, a Academia das Ciências sueca outorgou a ela e a Stanley Cohen o Prêmio Nobel de Medicina, como reconhecimento por suas pesquisas sobre o crescimento das células neurológicas. No dia 1º de agosto de 2001, Rita Levi-Montalcini foi nomeada senadora vitalícia pelo então presidente da República italiana, Carlo Azeglio Ciampi.
Da EFE