Incomodado com os rumores de que o deputado federal João Paulo (PT) poderia ser resgatado pelo partido para disputar, novamente, a PCR ou mesmo sair como candidato a vice-prefeito numa chapa "puro-sangue" do PT, o deputado estadual André Campos (PT) resolveu se manifestar. Homem forte do exército que defende o prefeito João da Costa (PT), o ex-secretário de Turismo afirmou neste domingo (17) que a sigla não pode ficar refém do peso eleitoral do ex-prefeito, responsável, segundo ele, não só pela desagregação do PT como por "boicotar" a administração atual.
De acordo com André, João Paulo passou três anos jogando "contra" um prefeito que ele mesmo escolheu, à revelia das demais lideranças do partido. "Como João da Costa não se sujeitou a ser pau mandado dele, ele passou a boicotar uma gestão do partido", acusou.
Fazendo um retrospecto, ele afirmou que o ex-prefeito não atuou "partidariamente" quando impôs, em 2008, o nome de João da Costa, nem quando rompeu com o afilhado político e, tampouco quando ameaçou deixar o PT, no ano passado, ou quando anunciou que não subiria no palanque do atual gestor.
"João Paulo fez um mal tremendo ao partido. Ele deixou a questão política de lado e passou a tratar tudo como uma questão pessoal e é por isso que o PT está ameaçado de perder a PCR e disputar uma eleição completamente esfacelado. Ele é o principal responsável", completou.
Seguindo esse raciocínio, André acredita que o PT não pode se "submeter" à força eleitoral de João Paulo, mesmo diante do risco de perder o poder municipal. "Independentemente desse peso, João Paulo fez mais mal do que bem ao partido. Não podemos ficar refém do peso eleitoral dele", argumentou.