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MPPE pede novas diligências no caso Arturo Gatti

Por Daniel Guedes

Depois de analisar o relatório consultivo elaborado por profissionais americanos e canadenses a pedido da família do boxeador Arturo Gatti, a promotora de Justiça Paula Catherine Ismail encaminhou, nesta segunda-feira (02), pedidos de novas diligências para tentar esclarecer a morte do atleta.

Entre os pedidos feitos pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está o esclarecimento, por parte do Instituto de Criminalística (IC), da análise da tração e resistência da alça de uma bolsa que, teoricamente, serviu para o enforcamento da vítima.

A promotora de Justiça encontrou contradições nos laudos do IC que em um determinado local afirmam que o material se rompeu com cinco segundos, após pressão de 35kg. Já na conclusão do mesmo material, os peritos afirmam que o material teria aguentado o peso do boxeador (aproximadamente 70kg) por pelo menos três horas antes do rompimento da costura. O IC tem 30 dias para responder ao MPPE.

A promotora de Justiça ainda pede que seja explicada a descontinuidade do sulco ascendente do lado direito do pescoço da vítima, em torno de 3cm, fato também questionado pelo Assistente de Acusação. “Por outras palavras, a espécie de sulco encontrada no corpo encontra-se incluída entre as características de asfixia por enforcamento?”, questiona a promotora de Justiça no documento.

Os pedidos feitos pelo MPPE ainda incluem que seja oficializado o Instituto Médico Legal (IML) a fim de informar sobre a existência de sangue do atleta Arturo Gatti, para que possa ser realizado o Teste de Alcoolemia. Além disso, Paula Ismail reitera a requisição, formulada anteriormente e deferida pela Justiça, que consiste na remessa de material apreendido, como faca-serra e toalhas, ao IC, para que sejam periciados e aferida a procedência do sangue contido nos objetos. “Entendo que, com todo respeito à qualidade do trabalho e notável currículo de todos os profissionais que atuaram na ocorrência, remanescem questões que podem e devem ser melhor esclarecidas”, afirma.

O atleta canadense Arturo Gatti foi encontrado morto no dia 11 de julho de 2009, em um hotel na praia de Porto de Galinhas, pela sua esposa Amanda Karine.

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