"A oposição está se acabando no Brasil. Hoje, só há um partido: o partido do poder". Não é uma profecia, é uma constatação da realidade. E foi feita - em tom de análise crítica -, ontem, pelo ex-governador e ex-deputado federal Roberto Magalhães (DEM), ao final da sessão solene da Assembleia Legislativa de Pernambuco que homenageou a passagem de seus 44 anos de vida pública. O ex-governador apontou o desaparecimento da oposição como o problema político mais grave do País, que remete a um entrave no Congresso Nacional, cujo fim há anos é reclamado pela sociedade, mas que continuamente é postergado: a reforma política.
Magalhães afirmou que o caos na política brasileira nasce no processo eleitoral que, segundo o ex-governador, "está subvertido, corrompido e deformado", situação que termina por refletir "na qualidade da política exercida" no Brasil. Por isso, sem uma ampla reforma política, o Brasil não vai sair do círculo vicioso em que caiu. "O processo está muito subjugado pelo dinheiro, pelo poder político e pela pressão de forças e grupos mais interessados em interesses próprios, que nos interesses do Estado e do País. Sem a reforma política, não se vai resolver os problemas do Brasil".
Em meio ao caos político atual, o ex-deputado admitiu que "surgiu uma luz no fim do túnel", estimulada pela grande imprensa: "começa a aparecer, timidamente, uma consciência de que todos os limites (éticos) foram ultrapassados. Não pode piorar. A situação da política brasileira não pode ser admitida numa democracia", disse. Reconheceu, porém, o esforço da presidente Dilma Roussef (PT) para combater a corrupção, mas a considera refém de uma base de apoio com muitos interesses. "Ela se dispôs a enfrentar, mas não pode impor à base um combate (à corrupção). Tem que se equilibrar entre o necessário e o possível".
Ao condenar a quase unanimidade do "partido do poder", Magalhães citou o DEM como vítima do processo e algoz de si mesmo. "É a prova de que só vai ficar algumas testemunhas (na oposição). A culpa não é só do PSD do Kassab (Gilberto, prefeito de São Paulo e fundador). O DEM foi cúmplice. Muita gente só quis o poder. Hoje, está em outra sigla".
A homenagem lotou o plenário. Proposta pelo petebista Júlio Cavalcanti, contou com o ex-senador Marco Maciel, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar (representando Eduardo Campos), ex-governadores, representantes do Exército e sociedade civil. O prefeito do Recife, João da Costa (PT) não compareceu. O presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), foi representando por Tony Gel (DEM).
Magalhães afirmou que o caos na política brasileira nasce no processo eleitoral que, segundo o ex-governador, "está subvertido, corrompido e deformado", situação que termina por refletir "na qualidade da política exercida" no Brasil. Por isso, sem uma ampla reforma política, o Brasil não vai sair do círculo vicioso em que caiu. "O processo está muito subjugado pelo dinheiro, pelo poder político e pela pressão de forças e grupos mais interessados em interesses próprios, que nos interesses do Estado e do País. Sem a reforma política, não se vai resolver os problemas do Brasil".
Em meio ao caos político atual, o ex-deputado admitiu que "surgiu uma luz no fim do túnel", estimulada pela grande imprensa: "começa a aparecer, timidamente, uma consciência de que todos os limites (éticos) foram ultrapassados. Não pode piorar. A situação da política brasileira não pode ser admitida numa democracia", disse. Reconheceu, porém, o esforço da presidente Dilma Roussef (PT) para combater a corrupção, mas a considera refém de uma base de apoio com muitos interesses. "Ela se dispôs a enfrentar, mas não pode impor à base um combate (à corrupção). Tem que se equilibrar entre o necessário e o possível".
Ao condenar a quase unanimidade do "partido do poder", Magalhães citou o DEM como vítima do processo e algoz de si mesmo. "É a prova de que só vai ficar algumas testemunhas (na oposição). A culpa não é só do PSD do Kassab (Gilberto, prefeito de São Paulo e fundador). O DEM foi cúmplice. Muita gente só quis o poder. Hoje, está em outra sigla".
A homenagem lotou o plenário. Proposta pelo petebista Júlio Cavalcanti, contou com o ex-senador Marco Maciel, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar (representando Eduardo Campos), ex-governadores, representantes do Exército e sociedade civil. O prefeito do Recife, João da Costa (PT) não compareceu. O presidente da Alepe, Guilherme Uchoa (PDT), foi representando por Tony Gel (DEM).
Do JC