Por Juliana Sampaio
A professora de Educação Física Andréa Rocha vem ganhando destaque entre os alunos do 2º e 3º anos do ensino médio da escola estadual Débora Feijó, em Afogados, Recife. Não pelas aulas relacionadas aos esportes, nem tampouco por estimular brincadeiras com os jogos de tabuleiro, atividades comumente executadas pelos profissionais da área. O respeito e o exemplo da educadora foram conquistados pelo seu projeto pioneiro em Pernambuco, de implementar, há três anos, a disciplina de Atendimento Pré-Hospitalar na instituição de ensino.
O objetivo é capacitar e estimular os estudantes, que estão prestes a tentar uma vaga na universidade, em torno de conhecimentos que dizem respeito à prática de salvar vidas. “Pela necessidade de tornar os jovens cidadãos capazes de enfrentar situações de emergências clínicas e traumáticas, de forma técnica, para a recuperação mais completa das vítimas no menor tempo possível, é que lancei o projeto”, explica Andréa Rocha, que também exerce a função de instrutora de primeiros socorros do Centro de Treinamento Técnico de Pernambuco (CTTP).
A profissional não deixa que as dificuldades de infraestrutura venham a ser um problema maior que a sua força de vontade. Por conta própria, ela leva o material utilizado nas aulas práticas (luvas, máscaras, colar cervical, entre outros itens) e, sempre que possível, convida representantes do Samu e do Corpo de Bombeiros para darem palestras aos alunos.
Dos 62 alunos matriculados nas duas turmas de ensino médio, 30 participam ativamente da capacitação, que acontece em horário extracurricular, toda terça-feira, das 19h às 21h. Entre os adeptos às aulas estão as alunas Sandrelly Ferreira e Emilly Amaral, ambas de 17 anos, que cursam o 2º e o 3º ano, respectivamente. “Acho muito interessantes as aulas pelo simples fato de abrir os horizontes para as situações do dia a dia. Antes eu era um pouco egoísta, mas com o estudo em equipe, sempre incentivado pela professora, estou mais próxima dos meus colegas e também mais ativa e responsável”, revela Sandrelly.
Já Emilly lamenta apenas o fato de que, no final deste ano, irá se formar no ensino médio e, por isso, não participará mais das aulas. “É uma pena que o ano letivo esteja perto do fim. Contudo, posso afirmar que essas aulas passaram a me orientar no dia a dia. Recentemente presenciamos um acidente de moto aqui em frente à escola e sabíamos quais os procedimentos de primeiros socorros deveriam ser feitos”, diz Emilly, que, por conta do gosto pela disciplina, pretende prestar vestibular para Odontologia.
Além da boa aceitação nas aulas, Andréa Rocha comemora alguns números relevantes desde que a disciplina foi iniciada na escola. “Consegui reduzir o índice de evasão nas aulas e resgatar os alunos. No final do ano que iniciei o projeto, em 2008, observei que o número de faltas caiu para quase 99% e, mais ainda, que alguns alunos, motivados pelo novo conhecimento, buscaram cursos técnicos e faculdades na área de saúde”, comemora a professora.
Outro ponto positivo é que, segundo Andréa, quando o Ministério da Educação começou a trabalhar assuntos de primeiros socorros, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os seus alunos já estavam tendo essas aulas. “Posso dizer que eles saíram na frente em relação aos outros que não tinham esse contato”, avalia
O objetivo é capacitar e estimular os estudantes, que estão prestes a tentar uma vaga na universidade, em torno de conhecimentos que dizem respeito à prática de salvar vidas. “Pela necessidade de tornar os jovens cidadãos capazes de enfrentar situações de emergências clínicas e traumáticas, de forma técnica, para a recuperação mais completa das vítimas no menor tempo possível, é que lancei o projeto”, explica Andréa Rocha, que também exerce a função de instrutora de primeiros socorros do Centro de Treinamento Técnico de Pernambuco (CTTP).
A profissional não deixa que as dificuldades de infraestrutura venham a ser um problema maior que a sua força de vontade. Por conta própria, ela leva o material utilizado nas aulas práticas (luvas, máscaras, colar cervical, entre outros itens) e, sempre que possível, convida representantes do Samu e do Corpo de Bombeiros para darem palestras aos alunos.
Dos 62 alunos matriculados nas duas turmas de ensino médio, 30 participam ativamente da capacitação, que acontece em horário extracurricular, toda terça-feira, das 19h às 21h. Entre os adeptos às aulas estão as alunas Sandrelly Ferreira e Emilly Amaral, ambas de 17 anos, que cursam o 2º e o 3º ano, respectivamente. “Acho muito interessantes as aulas pelo simples fato de abrir os horizontes para as situações do dia a dia. Antes eu era um pouco egoísta, mas com o estudo em equipe, sempre incentivado pela professora, estou mais próxima dos meus colegas e também mais ativa e responsável”, revela Sandrelly.
Já Emilly lamenta apenas o fato de que, no final deste ano, irá se formar no ensino médio e, por isso, não participará mais das aulas. “É uma pena que o ano letivo esteja perto do fim. Contudo, posso afirmar que essas aulas passaram a me orientar no dia a dia. Recentemente presenciamos um acidente de moto aqui em frente à escola e sabíamos quais os procedimentos de primeiros socorros deveriam ser feitos”, diz Emilly, que, por conta do gosto pela disciplina, pretende prestar vestibular para Odontologia.
Além da boa aceitação nas aulas, Andréa Rocha comemora alguns números relevantes desde que a disciplina foi iniciada na escola. “Consegui reduzir o índice de evasão nas aulas e resgatar os alunos. No final do ano que iniciei o projeto, em 2008, observei que o número de faltas caiu para quase 99% e, mais ainda, que alguns alunos, motivados pelo novo conhecimento, buscaram cursos técnicos e faculdades na área de saúde”, comemora a professora.
Outro ponto positivo é que, segundo Andréa, quando o Ministério da Educação começou a trabalhar assuntos de primeiros socorros, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os seus alunos já estavam tendo essas aulas. “Posso dizer que eles saíram na frente em relação aos outros que não tinham esse contato”, avalia