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Fábio Jr. enlouquece as fãs

“Binho, faz meu coração feliz: me chama pro palco”. Imprimidos em balões orgulhosamente levantados por uma fã, esses dizeres exprimiam bem o clima do show de Fábio Jr., na noite do último sábado, no Cabanga Iate Clube. Ali, mulheres de várias idades esperavam ansiosas para ver um dos maiores ícones da música romântica brasileira.

Marcado para começar às 21h, o show de abertura, com John Kip, só começou às 22h40. Apesar do nome artístico e de só cantar em inglês, Kip é brasileiríssimo. Seu repertório é todo de covers de outros artistas, como Alanis Morissette e Kings of Leon. Ele até se esforça, mas sua performance é sofrível. Falta ao cantor carisma e controle de palco.

A apresentação inicial demo­rou mais do que o previsto, devido ao atraso de Fábio, que estava recebendo fãs no camarim. Mas tudo foi esquecido quan­do, à 1h, Fábio entoou, à ca­­pella, as primeiras notas de “E­­pitáfio”, dos Titãs. O frenesi foi geral. As mulheres, maioria, gritaram, mui­to.
Fábio Jr. faz parte de um gru­po de artistas cuja persona pública é tão ou mais conheci­da do que a própria música. Dos vários casamentos (e sepa­rações) ao atual papel de pai de Fiuk, Fábio se transformou em um ícone da masculinidade ideal para algumas mulheres: um Don Juan, ainda que frágil e solitário.
Essa, inclusive, parece ser a poética do show, com o cantor conversando com a plateia so­bre tentar novamente, mes­mo que o coração já tenha sido partido muitas vezes. Músicas co­mo “Do Fundo do Meu Cora­ção”, de Roberto Carlos, e “Tente Outra Vez”, de Raul Sei­xas, foram interpretadas por ele como se tivessem sido feitas para ele, em uma espécie de sessão de análise com o público.

O palco é simples, com três molduras onde passavam imagens desconexas com os conteúdos das músicas - chegando a lembrar vídeos do youtube feitos de forma amadora. Ainda no setlist do cantor estavam composições que fizeram sua fama, como “Pai”.
E, assim, Fábio ganhou seu público, que já não se lembra­va de atraso e show de abertura fraco. E, para quem fi­cou curioso, sim, “Binho” chamou a moça dos balões para o palco.

Da Folha PE

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