Irmã apelou para Facebook por 'descaso' da polícia
O metalúrgico Renan Fogaça Alípio, 22, foi abordado por criminosos quando estava em seu carro, um Ford Fiesta Hatch, no bairro Pedreira (zona sul de SP). O veículo foi achado abandonado ontem, perto de Diadema.
No domingo, a irmã do rapaz colocou um pedido de ajuda no Facebook, já com a foto do jovem e pediu que a mensagem fosse replicada pelos usuários da rede social.
"Pessoal, meu irmão, Renan Fogaça, foi sequestrado ontem, às 21:15 da noite. Até agora nenhuma notícia. Ele estava no carro dele, um Fiesta Hatch, vermelho, placa [dados omitidos pela reportagem]. Favor verificar com amigos e compartilhar no Facebook pra vê se conseguimos localizar ele. Grata, Karina Fogaça", foi a mensagem que cerca de 90 mil pessoas retransmitiram na rede social.
A mensagem chegou à pagina de algum funcionário do hospital, e a família e a Polícia Civil foram avisadas de um jovem com as características físicas do metalúrgico tinha sido socorrido no local.
Alípio morreu em consequência de um tiro na cabeça. No sábado, o metalúrgico havia sido encontrado baleado no Morro do Macaco, que fica na divisa entre as cidades de São Paulo e Diadema. Ele estava sem documentos e, por isso, ficou como indigente no hospital.
No sábado, menos de uma hora depois de o rapaz ter sumido, foram feitos três saques de dinheiro da sua conta bancária. Alípio teria sido baleado pouco depois de fazer os saques.
Como a irmã de Alípio escreveu no Facebook que ele havia sido vítima de um sequestro, a DAS (Divisão Anti-Sequestro), da Polícia Civil de SP, entrou no caso.
Para os policiais da DAS, o metalúrgico foi vítima de uma vingança e não de um sequestro convencional.
O jovem tem outros oito irmãos: quatro mulheres e cinco homens --um deles, Romeu, 16, também foi morto no bairro da Pedreira, em 2004. Até hoje o crime não foi esclarecido pela polícia.
Do UOL
