Por Priscilla Krause
Com pompa e circunstância de quem aparenta estar fazendo bem feito o dever de casa, o prefeito João da Costa (PT) inaugura hoje – de forma parcial – a obra de ampliação do viaduto Capitão Temudo, 1.223 dias depois da assinatura da ordem de serviço para a largada da obra. Apesar da festa, não há motivos suficientes para a comemoração. A meia entrega da obra que já consumiu R$ 12 milhões a mais que o previsto na licitação significa apenas menos uma pendência (mais ou menos resolvida) na lista dos problemas deixados por João Paulo, o criador, para a criatura que hoje administra o Recife.
Não há como negar que a administração que aí está só consegue tirar do papel obras e ações que foram deixadas pela gestão anterior. É como se esses dois anos e sete meses geridos por João da Costa representassem uma bonificação temporal para o PT resolver as pendengas criadas pelo governo do ex-prefeito. O Recife não anda. Não há desenvolvimento, não há novos projetos. Não há visão alguma além do horizonte. Vivemos o tempo da celebração ao passado, da falta de planejamento, do improviso.
Em resumo, tudo o que João da Costa faz é tentar terminar a gestão de João Paulo. A máquina pública recifense trabalha sob a perspectiva do ontem. A ampliação do Capitão Temudo – como princípio para auxiliar na mobilidade, não há senões - é de interesse de toda a população recifense. Sem distinções partidárias. Mas como aprovar os confetes em torno de uma intervenção que é o símbolo da incompetência administrativa do PT? Como silenciar diante do "esquecimento" do prefeito em lembrar que ali passava um metrô? Como silenciar diante do “esquecimento” de que há um imóvel (visível a 100 metros de distância) no caminho da alça que desembarca na Rua Imperial?
À imprensa, na última semana, o secretário de Assuntos Jurídicos da PCR, Cláudio Ferreira, contestou a tese de que João da Costa não construiu um viaduto sequer nos 31 meses de gestão. “Ele ampliou o Capitão Temudo, o que significa um novo viaduto”, retrucou Ferreira. Menos, secretário. Sob nenhuma hipótese a gestão que aí está levará os louros pelo Temudo. Primeiro porque a obra tem a marca do inimigo público de João da Costa, seu ex-padrinho João Paulo. Segundo porque uma obra pública decente não é inaugurada incompleta. O grito é livre, mas a incompetência administrativa é tanta que o prefeito João da Costa ousa inaugurar até o que não está pronto.
Priscila Krause é vereadora do Recife pelo Democratas e ocupa a liderança da oposição à gestão do prefeito João da Costa na Câmara do Recife desde 2009.
Com pompa e circunstância de quem aparenta estar fazendo bem feito o dever de casa, o prefeito João da Costa (PT) inaugura hoje – de forma parcial – a obra de ampliação do viaduto Capitão Temudo, 1.223 dias depois da assinatura da ordem de serviço para a largada da obra. Apesar da festa, não há motivos suficientes para a comemoração. A meia entrega da obra que já consumiu R$ 12 milhões a mais que o previsto na licitação significa apenas menos uma pendência (mais ou menos resolvida) na lista dos problemas deixados por João Paulo, o criador, para a criatura que hoje administra o Recife.
Não há como negar que a administração que aí está só consegue tirar do papel obras e ações que foram deixadas pela gestão anterior. É como se esses dois anos e sete meses geridos por João da Costa representassem uma bonificação temporal para o PT resolver as pendengas criadas pelo governo do ex-prefeito. O Recife não anda. Não há desenvolvimento, não há novos projetos. Não há visão alguma além do horizonte. Vivemos o tempo da celebração ao passado, da falta de planejamento, do improviso.
Em resumo, tudo o que João da Costa faz é tentar terminar a gestão de João Paulo. A máquina pública recifense trabalha sob a perspectiva do ontem. A ampliação do Capitão Temudo – como princípio para auxiliar na mobilidade, não há senões - é de interesse de toda a população recifense. Sem distinções partidárias. Mas como aprovar os confetes em torno de uma intervenção que é o símbolo da incompetência administrativa do PT? Como silenciar diante do "esquecimento" do prefeito em lembrar que ali passava um metrô? Como silenciar diante do “esquecimento” de que há um imóvel (visível a 100 metros de distância) no caminho da alça que desembarca na Rua Imperial?
À imprensa, na última semana, o secretário de Assuntos Jurídicos da PCR, Cláudio Ferreira, contestou a tese de que João da Costa não construiu um viaduto sequer nos 31 meses de gestão. “Ele ampliou o Capitão Temudo, o que significa um novo viaduto”, retrucou Ferreira. Menos, secretário. Sob nenhuma hipótese a gestão que aí está levará os louros pelo Temudo. Primeiro porque a obra tem a marca do inimigo público de João da Costa, seu ex-padrinho João Paulo. Segundo porque uma obra pública decente não é inaugurada incompleta. O grito é livre, mas a incompetência administrativa é tanta que o prefeito João da Costa ousa inaugurar até o que não está pronto.
Priscila Krause é vereadora do Recife pelo Democratas e ocupa a liderança da oposição à gestão do prefeito João da Costa na Câmara do Recife desde 2009.