Vendedor de espetinhos vive momentos de terror em Dois Irmãos

Por Moab Augusto

O final de um dia de trabalho, na noite da última segunda-feira, ficou marcado para um vendedor de espetinhos. Por volta das 23h, dois homens embriagados chegaram ao comércio, localizado no bairro de Dois Irmãos, e pediram bebida. Depois de servi-los, eles iniciaram uma série de ameaças e torturas ao comerciante. O objetivo deles era não pagar a conta após consumirem. O carro de espetinho estava na avenida Dois Irmãos, próximo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Após a chegada dos acusados, os outros clientes foram expulsos do local sob ameças. Eles estavam armados com uma faca e um deles simulou portar um revólver por baixo da camisa. “Um deles, que estava de camiseta, chegou a colocar a faca no meu pescoço por várias vezes, e em uma dessas quase me furou. Já chegaram bêbados dizendo: ‘eu quero beber. Bota logo aí a bebida’. Servi para eles conhaque de alcatrão. A partir daí começaram as ameaças. O outro parecia que estava armado. Os clientes que chegavam, eles botavam pra correr com uma faca”, contou o comerciante de 32 anos, que preferiu não revelar o nome.

Percebendo a movimentação estranha, um morador acompanhou tudo de longe e chamou a polícia. No instante em que notaram a viatura do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) do 11ºBPM, eles tentaram se desfazer dos objetos. “A ação deles foi notada. Eles jogaram os objetos próximo a um poste. Quando os abordamos, o cidadão que vendia espetinhos apontou logo eles”, contou o soldado Sérgio Souza. Eles simulavam estar armados com um pedaço de isopor cortado em forma de revólver. “Esse isopor é uma imitação de pistola. Debaixo da camisa intimida qualquer um”, acrescentou o soldado. A faca também foi apreendida.

No plantão da Delegacia de Casa Amarela, eles foram identificados como Benedito Luís da Silva Júnior, de 24 anos, e o outro era um adolescente de 17 anos. O menor, que apresentava sinais de embriaguez, negou as acusações. “Eu só estava tomando uma com meu amigo, somente. Trabalho numa firma de engenharia, meu patrão tem muita confiança em mim. Não fiz nada disso, não”, afirmou. Benedito foi autuado em flagrante e encaminhado para o Centro de Triagem de Abreu e Lima. Já o menor foi autuado na GPCA e recolhido a uma unidade da Funase.

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