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Preço dos alimentos surpreende

Da Folha PE

Em março, a inflação oficial do País, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), atingiu 0,79%, apresentando uma pequena queda ante o número registrado em fevereiro, de 0,80%, de acordo com a pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o Governo previa um crescimento da inflação em torno de 0,45%, enquanto os analistas do mercado financeiro acreditavam em um aumento de 0,65%.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) comentou que nem os analistas foram capazes de prever a elevação da inflação dos alimentos. “Todos analistas se enganaram. Houve um repique da inflação de alimentos, que não era esperado”, declarou. Mantega disse que os motivos da elevação estão relacionados ao período do ano. “Tem a ver com o regime de chuvas. Foi excepcional, porque todo ano, a esta altura, os alimentos já começam a cair. Então, foi fundamentalmente alimentos. Eles têm que cair a partir de abril, porque pega um período de chuva, entressafra. Daqui a pouco isso cai”, explicou.

Sobre a alta dos preços dos serviços, que tiveram crescimento de 8% em 12 meses até março deste ano, Mantega disse os serviços já dão sinais de queda, mas o Governo vai ficar atento e tomará as medidas necessárias. O ministro, po­rém, não detalhou quais medidas serão essas. “Os serviços já dão sinal de queda. Estamos vigilantes. Vamos tomar medidas em relação a isso, mesmo sabendo que daqui a pouco essa inflação de alimentos está caindo”.

A inflação acumulada em 2011 é de 2,44%, acima da taxa de 2,06% verificada de janeiro a março de 2010. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o índice acumulava elevação de 6,01%. O acumulado de 6,30% é o maior desde novembro de 2008 (6,39%). Na Região Metropolitana do Recife (RMR), o recuo foi um pouco maior, mantendo a taxa em 0,73%. Os itens que apresentaram maior variação foram os serviços pessoais (2,76%) e os alimentos (1,08%).

No País, os alimentos voltaram a subir registrando alta 0,75%, ante variação positiva de 0,23% em fevereiro. Os principais aumentos vieram da batata inglesa (12,40%), ovo (5,08%) e feijão carioca (1,71%).

Na RMR, os alimentos, que haviam subido 1,16% em janeiro e caíram para 0,23% em fevereiro, voltaram a subir de forma significativa, aumentando 0,75%. “O item carne recuou (de -2,81% em fevereiro para -1,42% em março), mas não chega a voltar para patamares anteriores porque o preço estava muito alto”, diz a coordenadora do Índice de Preços do IBGE Pernambuco, Fernanda Estelita Lins.

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