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Mais uma vez: Merenda escolar deixa alunos passando mal

Do Grande Recife/FP

A merenda escolar fez com que pelo menos 15 adolescentes passassem mal ontem na Escola de ReferĂȘncia em Ensino MĂ©dio Silva Jardim, no bairro do Monteiro, no Recife. Os alunos, que tĂȘm entre 14 e 17 anos, disseram ter estranhado o gosto de um peixe ao molho que foi servido na hora do almoço. Em cer­ca de cinco minutos, os primeiros começaram a passar mal. Esta Ă© a terceira vez, em menos de um mĂȘs, que alunos de escolas da pĂșblicas em pernambuco passam mal por conta da merenda.

“A professora ligou para mim e disse que a minha filha estava passando mal. Assim que eu soube fui para a escola e, quando cheguei, mais de dez crianças estavam passando mal, vomitando e desmaiando”, lembrou Eliete FĂ©lix do Nascimento, mĂŁe de Larissa do Nascimento Castro, 14. A adolescente foi levada junto com outras nove crianças ao Hospital Infantil Maria Lucinda, no bairro do Parnamirim. Outras seis crianças seguiram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da CaxangĂĄ.
Enquanto os filhos eram a­tendidos pela equipe mĂ©dica, as mĂŁes aguardavam preocupadas. “Essa Ă© a Ăș­nica filha que te­nho. É um absurdo vocĂȘ deixar o seu filho sob responsabilidade da escola e acontecer uma coisa dessas”, criticou Eliete. Apesar do susto, todos os estudantes receberam alta e passam bem.
De acordo com a pediatra Maria de Jesus, do Hospital Ma­ria Lucinda, os jovens foram medicados, tomaram soro e foram, aos poucos, liberados. “Eles chegaram passando muito mal, sem conseguir andar direito, mas depois de serem medicados foram, aos poucos, se recuperando”, destacou a mĂ©dica.

Karina Emanuele Santana, 14, recebeu alta por volta das 17h. Ela afirmou que o 1Âș ano A, turma em que estuda, possui 50 alunos e foi a terceira a almoçar. “O peixe estava muito ruim e, assim que comi, corri para o banheiro para vomitar. Foi nes­sa hora que desmaiei e me levaram para a secretaria”, lembrou. Segundo ela, os estudantes da Silva Jardim ficam na unidade de ensino das 7h30 Ă s 17h. “A gente faz um lanche Ă s 9h, almoça ao meio-dia e faz outro lanche Ă s 15h”, disse.
Segundo a empregada domĂ©stica Adriana Maria Silva, 36, a filha dela, Idiane Raiane Silva, 16, foi levada para o hospital pela professora, que socorreu pelo menos cinco crianças. “Ela comeu o peixe e depois começou a passar mal, sentir uma dor na ‘boca do estĂŽmago’ e muita dor de cabeça”, disse.

Por meio de uma nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que a merenda escolar servida na escola Ă© feita por uma empresa terceirizada, responsĂĄvel pela produção e transporte do alimento. O comunicado informava ainda que a AgĂȘncia Pernambucana de VigilĂąncia SanitĂĄria (Apevisa) foi comunicada para averiguar e esclarecer os fatos.

Na semana passada, mais de 200 crianças passaram mal depois de comer macarrĂŁo com carne moĂ­da em escolas nas cidades de Belo Jardim e TacaimbĂł, no Agres­­te.

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