Dentro de campo, o Sport não vem fazendo uma grande temporada. A duras penas, o time rubro-negro conseguiu chegar no G4 do Campeonato apenas na última rodada. Na Copa do Brasil, um vexame: empate diante do Sampaio Corrêa, em casa, e adeus à competição logo na primeira fase.
Pois bem, muitos podem estranhar o fato de os dirigentes rubro-negros não terem se pronunciado após a eliminação. E acredito que exista uma explicação para essa calmaria: a arena rubro-negra.
A mente dos dirigentes rubro-negros estão voltadas para a reunião do Conselho Deliberativo que acontece no próximo dia 17 de março. E, pelo visto, promete muita polêmica. Isso porque os conselheiros do clube não estão gostando nem um pouco da forma como o processo está sendo conduzido.
Primeiro, porque o plano da construção da arena está centrada nas mãos de poucas pessoas. Além do presidente Gustavo Dubeux, estão Harlan Gadelha, José Aécio Filho e Luciano Bivar. Exceto Bivar e Dubeux, os demais não têm uma história no clube. E isso vem incomodando bastante os que fazem parte dos bastidores rubro-negros.
Para piorar, ninguém esclarece nenhuma vírgula do projeto. E isso vem causando ainda mais irritação. O ex-vice-presidente social do clube, Bruno Reis, é um dos mais indignados. "Não sou contra a modernização da Ilha do Retiro. Longe disso. Apenas queremos saber qual a vantagem do clube nesse processo. Ninguém fala. Portanto, se não houver esclarecimentos, vou dar entrada no processo de tombamento da sede e do estádio", ameaça.
De fato, ninguém falou ainda. Sabe-se nos bastidores, no entanto, que a ideia seria demolir todo o estádio e, após a construção da nova arena, a empresa que gerir o projeto vai ser dona de tudo durante 30 anos. O clube só viverá de receitas dos jogos e do aluguel. Por isso, muitos proprietários de cadeiras estão preocupados.