Nova cirurgia a laser promete menos dor e flacidez para a lipoaspiração
Num país apaixonado por cirurgias plásticas, que aprendeu a pensar o corpo através da agulha e do bisturi e não se roga em assumir o desejo de não render-se aos caprichos do tempo, uma nova técnica sempre causa comoção. Uma das mais invasivas e dolorosas, a lipoaspiração ganhou uma técnica mais moderna, a Slimlipo, que utiliza laser para diluir a gordura. O procedimento diminui a flacidez comum em intervenções deste tipo.
O procedimento utiliza dois comprimentos de ondas laser de diodo: uma destrói as células gordurosas e outra promove a retração da pele. A tecnologia permite que se esquente o técido dérmico emagrecendo e modelando a pele ao mesmo tempo. "Esta técnica é a mais importante que conheci nos meus 25 anos de experiência e traz benefícios tanto para o paciente quanto para o médico", diz o médico cirurgião Moisés Wolfeson, pioneiro no Brasil na utilização.
Ele fez parte de um comitê de segurança formado por quatro médicos norte-americanos que orientam o uso da máquina em cirurgias. O laser está sendo utilizado em cerca de dez cidades pelo Brasil, além do Recife. Pode ser usado em diferentes áreas do corpo, desde pequenas, como rosto e antebraços, até maiores, como glúteos e abdome. Através de uma agulha, a gordura é retirada com uma quantidade desprezível de sangue. Em lipoaspirações comuns, é comum quadros de anemia, já que a perda sanguínea é grande.
Em alguns casos, apenas o uso do laser é suficiente, sendo a gordura eliminada em forma de ácido graxo aos poucos pelo próprio corpo. "Isso acontece em regiões pequenas como o cotovelo e a papada", diz Wolfeson. O processo inovador do laser de diodo foi reconhecido pela Sociedade Brasileira do Laser, que concedeu a Wolfeson o prêmio Wilson Andreoni, mais importante da área.
É contra-indicado em pacientes gestantes, com herpes e aqueles com alergias de pele graves. Também não serve para fazer lipoenxertia, já que a célula adiposa é destruída e para uso na área ocular. Pessoas que realizaram cirurgia bariátrica, a popular redução de estômago, também são contra-indicadas.
EVOLUÇÃO - Uma recente pesquisa do Ibope Inteligência reforçou o que a comunidade internacional já conhece: o Brasil é um dos países com maior aceitação em cirurgias plásticas. Dos 645.464 procedimentos realizados, 69% foram estéticas e 31% reparadoras.
As mulheres foram as que mais se submeteram (82%) e as lipoaspirações foram as mais procuradas (29%). As cirurgias de mama seguem em segundo (19%). 99% dos implantes de mama são entre o sexo feminino e 1% entre os homens.
A melhora e a busca dos novos procedimentos são responsáveis pelo aumento da procura por intervenções cirúrgicas. "Hoje eliminamos os hematomas e uma simples anestesia local é suficiente para realizar a plástica", resume Wolfeson. Técnicas como a Slimlipo também se mostra eficaz para reparações, como corrigir cirurgias malfeitas ou tratar pacientes com lipodistrofia, causadas como efeito colateral do uso de anti-retrovirais.
Do JC on Line
Postagem Gabriel Diniz
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